Um ano após a saída da Turquia do programa Joint Strike Fighter (JSF), o Departamento de Defesa dos Estado Unidos (US DoD) emitiu um parecer oficial no dia 20 de julho de 2020, sobre o destino dos oito Lockheed Martin F-35A produzidos para a Türk Hava Kuvvetleri ou Força Aérea da Turquia (TuAF) previstos para serem entregues entre 2022 e 2023.
O lote de caças Lightning II turcos será repassado integralmente à Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), como parte de uma alterações de contrato avaliada em US$ 867 milhões, que inclui além dos oito jatos construídos e estocado, mais seis novos F-35A, totalizando as primeiras 14 unidade do lote inicial da TuAF. O contrato inclui também as modificações necessárias para trazer os oito F-35 fabricados para a Turquia para o padrão USAF.
A modificação do contrato autoriza o pagamento com financiamento incluso no orçamento do ano fiscal 2020 (FY20). O Pentágono e a Lockheed Martin finalizaram o acordo em outubro de 2019 para que os Lotes 12, 13 e 14 tenham preço fixo unitário de US$ 77,9 milhões por unidade de F-35A.
A Turquia planejava adquirir 100 F-35A, mas foi removida do programa F-35 em 2019, suas aeronaves foram retidas em solo americano e o treinamento de seus pilotos foi suspenso, face a aquisição do sistema russo de defesa antiaérea. A principal alegação americana é o que o uso do S-400 pela Turquia poderia comprometer a capacidade furtiva do F-35, além da possibilidade de existir vazamento de informações críticas da aeronave aos russos e chineses. A reclamação americana foi prontamente acatada por outros parceiros do programa, que concordaram na retirada dos turcos do projeto, mesmo eles sendo parceiros nível 3 do JSF.
Naquele momento os primeiros caças destinados à Turquia já haviam saído da linha de produção da Lokcheed Martin. Os futuros pilotos e as equipes de apoio estavam em processo de treinamento nas Bases Aéreas de Luke (Arizona) e Eglin (Flórida). Ao todo havia 24 caças F-35A turcos em algum estágio da linha de produção e oito aeronaves prontas, que nunca foram entregues com o treinamento dos militares descontinuado.
Utilizando a Lei de Autorização de Defesa Nacional, o Pentágono solicitou ao Congresso permissão para utilizar até US$ 30 milhões do Ano Fiscal de 2020 (FY20), para cobrir os custos de deslocamento, armazenamento e preservação dos seis F-35A turcos até encontrar um destino final dos mesmos.
Além da perda das aeronaves e a saída do JSF, o Senado dos Estados Unidos solicitou em julho deste anos ao Pentágono a retirada completa da Turquia do programa, através da suspensão da compra de peças e componentes fabricados por empresas turcas, que, num acordo prévio devem ser fornecidos até 2022.
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