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USAF enviou caças F-15 para proteger a Base Militar de Diego Garcia no Índico

20 de maio de 2025

A USAF enviou um contingente de quatro caças F-15 Eagle para a Base Militar Diego Garcia, como parte do esforço de proteção dos ativos destacados na remota ilha no Oceano Índico, que incluem bombardeiros B-52H. A informação foi confirmada pelo Comandante Matthew Comer, Chefe de Mídia e Operações do Comando Indo-Pacífico dos EUA, em resposta ao questionamentos do site The War Zone (TWZ).

Através de imagens de satélites da empresa Planet Labs, o TWZ observou que os quatro F-15 – cuja versão exata não pôde ser determinada – teriam pousado em Diego Garcia no último dia 14 de maio. Além dos quatro caças, estavam na Ilha na semana passada, quatro B-52H, cinco aviões-tanque KC-135, um avião de carga C-17A e um avião civil possivelmente contratado para transporte de militares.

Imagem de satélite de 9 de maio de 2025, mostrando três bombardeiros B-2 e quatro bombardeiros B-52 no solo de Diego Garcia (Fonte: MizarVision – empresa chinesa de imagens de satélite comercial).

Recentemente, o Comando de Bombardeiro Estratégicos da USAF enviou seis B-2A Spirit para a Base Aérea de Diego Garcia, de onde foram empregados em missões de ataques aos militantes do grupo houthi apoiados pelo Irã no Iêmen. O último Spirit deixou a Ilha no dia 09 de maio, retornando para sua base nos EUA.

Localizada na região central do Oceano Índico, há muito tempo a Base Militar de Diego Garcia tem uma grande importância estratégica para o Departamento de Defesa dos EUA. Além do enorme aeródromo que apoia operações aéreas, a Base é utilizada pela Força Espacial (USSF) e pela Marinha Americana (US Navy), que mantém no local submarinos nucleares e um Esquadrão de Navios do Comando de Transporte Marítimo.

B-2 em Diego Garcia (Foto: USAF).
B-2 em Diego Garcia (Foto: USAF).

Historicamente, o isolamento de Diego Garcia tem sido visto como uma barreira natural a ataques de adversários potenciais não tão próximos, como o Irã e seus aliados no Oriente Médio. No entanto, essas ameaças tem mudado nos últimos anos, com as forças inimigas tendo ampliado significativamente seu poder e alcance.

O Irã notavelmente encomendou vários navios semelhantes a bases marítimas que podem ser usados ​​para lançar um número potencialmente grande de mísseis balísticos e de cruzeiro, bem como drones kamikaze de longo alcance. Os iranianos demonstraram novas capacidades de lançadores instalados em contêineres de carga padrão, que podem ser empregados em navios comerciais civis.

Quatro F-15C Eagle na Europa em 2022 (Foto: USAF).
Quatro F-15C Eagle na Europa em 2022 (Foto: USAF).

Independentemente disso, os F-15 da USAF seriam plataformas ideais para emprego na função de proteção em camadas contra ataques de mísseis de cruzeiro e drones, como já demonstraram na defesa de Israel contra as ameaças lançadas pelo Irã no ano passado. Entre as qualidades desses caças, especialmente a versão F-15E Strike Eagle, estão sua alta resistência, grande capacidade de carga útil e avançado conjunto de sensores capaz para detectar e neutralizar ameaças de superfície e reconhecimento ao redor do arquipélago.

Embora não se saiba a demanda de inteligência ou a missão que desencadeou o envio dos F-15 sem precedentes para a Ilha de Diego Garcia, mas se o quadro de ameaça potencial for significativo, ele destaca questões mais amplas enfrentadas por essa remota Base Militar.

Caças F-15E sendo reabastecido por um KC-46A (Foto: USAF).
Caças F-15E sendo reabastecido por um KC-46A (Foto: USAF).

Diante disso, há preocupações sobre a vulnerabilidade dessas instalações na região do Indo-Pacífico em caso de potencial conflito com a China. A Base Aérea atualmente possui apenas quatro abrigos especialmente projetados para os bombardeiros B-2, mas que não são reforçados. Em Diego Garcia existem sistemas de defesa multicamadas de proteção, confirmou um porta-voz do Comando Indo-Pacífico dos EUA ao TWZ.

Ainda não se sabe por quanto tempo os militares americanos manterão a presença reforçada de defesa aérea em Diego Garcia. Com a mediação de Omã, na semana passada os EUA e os Houthis firmaram um cessar-fogo. Atualmente os EUA e o Irã negociam uma saída diplomática envolvendo a questão nuclear, mas no ano passado o presidente Donald Trump sinalizou que considerava uma ação militar contra instalações nucleares iranianas, parte das quais poderia ser realizada por bombardeiros partindo de Diego Garcia, o que aumentaria a necessidade de proteção da remota Base Militar.

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