USAF envia A-10 e F-16 para impedir que o Irã apreenda petroleiros no Golfo Pérsico. A USAF está usando caças F-16 Fightning Falcon ao lado dos A-10 Thunderbolt II para reforçar a patrulha armada de petroleiros que passam pelo Golfo Pérsico, na tentativa de impedir que o Irã tente assedie ou apreenda essas embarcações comerciais.
Os F-16 começaram a realizar missões marítimas nos últimos dias, e aumentarão a capacidade dos Estados Unidos de responder às ameaças iranianas no mar, além de também realizar missões defensivas aéreas em caso de ameaça do Irã nos céus.
“Estamos trabalhando em estreita colaboração entre os componentes marítimo e aéreo para garantir que haja cobertura aérea e presença marítima adequada, a fim de impedir que o Irã assedie os navios petroleiros”, disse um alto funcionário da defesa dos EUA em 14 de julho.
O oficial ainda acrescentou que os F-16 tornam essa presença “ainda mais forte”. Além dos caças e dos jatos de ataque, a Marinha dos EUA mantém seus aviões de patrulha marítima P-8 Poseidon na região do Golfo Pérsico.
Os EUA passaram a reforçar suas patrulhas aéreas depois que o Irã tentou apreender dois petroleiros comerciais em águas internacionais no Estreito de Ormuz no início deste mês, tendo inclusive disparado contra um deles. Autoridades dos EUA disseram que os iranianos abandonaram as tentativas de apreensão depois que a US Navy enviou para a região o Destroier de mísseis guiados USS McFaul.
“Os EUA têm conhecimento dos petroleiros que estão em trânsito no Golfo, o tipo de carga que estão transportando, e sob qual bandeira estão navegando. Isso nos permite avaliar quais embarcações podem ser um risco e quando precisamos estar mais presentes no jogo”, disse o alto funcionário da defesa dos EUA, acrescentando que “não protegemos todos, mas sim, as embarcações que temos interesse nacional”, complementou sem repassar maiores detalhes.
Não é a primeira vez que os EUA usam os A-10 em missão de segurança marítima no Golfo, disse o funcionário. Entre 2012 e 2015, os EUA realizaram missões de avaliação dos A-10 contra barcos de ataque rápido iranianos, e concluíram que poderiam ser úteis em situações quando não há ameaças aéreas.
Autoridades dos EUA disseram que o Irã pode receber caças russos em troca dos drones que forneceu para Moscou usar na Ucrânia. As Forças Armadas Iranianas também possuem mísseis terra-ar que podem cobrir o Estreito de Ormuz, um ponto estratégico de estrangulamento para o transporte marítimo que sai do Golfo.
Em 2019, um míssil SAM (Surface-to-Air Missile) iraniano abateu um drone americano RQ-4 Global Hawk durante um episódio de elevada tensão na região, quando o Irã intensificou os ataques aos navios-tanque comerciais.
Como um antigo aliado dos Estados Unidos, o Irã ainda tem aviões de combate fabricados na América, como os envelhecidos F-4 Phantom. “Eles tem uma força aérea bem ativa”, disse o funcionário norte-americano sobre a aviação militar do Irã.
Os A-10s são equipados com uma variedade de armas que são úteis contra alvos marítimos em movimento, incluindo canhões, foguetes e certas bombas guiadas a laser. Além disso, eles foram modificados especificamente para transportar uma gama mais diversificada de armas e munições.
As implantações de aeronaves chamaram a atenção dos iranianos, que afirmam que suas ações visam desencorajar o contrabando e que Washington está desestabilizando a região. “Acho que a nossa presença é muito visível e está exercendo um efeito dissuasor”, disse o alto funcionário da defesa dos EUA. “Vamos ver se é dissuasor o suficiente nos próximos dias.”
Fonte: AF&SM
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