

USAF atacou três usinas nucleares do Irã, incluindo a instalação subterrânea de Fordow. A usina subterrânea de enriquecimento de combustível nuclear de Fordow, a mais segura e protegida do Irã, foi atacada pelos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo presidente Donald Trump na sua rede social, indicando que além de Fordow, a USAF bombardeou também as usinas de Natanz e Esfahan.
“Concluímos nosso ataque muito bem-sucedido às três instalações nucleares no Irã, incluindo Fordow, Natanz e Esfahan. Todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo iraniano. Uma carga completa de BOMBAS foi lançada no local principal, Fordow. Todos os aviões estão a caminho de casa em segurança. Parabéns aos nossos grandes guerreiros americanos. Não há outro exército no mundo que pudesse ter feito isso. AGORA É A HORA DA PAZ! Agradecemos a sua atenção a este assunto”, disse Trump em uma publicação na Truth Social.
Na noite de ontem, seis bombardeiros furtivos Northrop Grumman B-2A Spirit da 509th Bomb Wing da USAF partiram da Base Aérea de Whitemam, no Missouri, EUA, com destino à Anderson AFB em Guam. Conforme noticiamos, os voos MYTEE 11/12/13/21/22/23 (códigos-rádio dos B-2A) foram apoiados por nada menos que 10 aviões-tanque KC-135R Stratotanker e quatro KC-46A Pegasus.

Porém, eles foram somente uma isca. Segundo informações iniciais, outros sete B-2A do 509th BW vindo do sul da Europa, destruíram com sucesso as instalações nucleares subterrâneas do Irã em #Natanz e #Fordow usando as GBU-57 MOP. Cada aeronave teria lançado duas MOP, totalizando 14 GBU-57. Já #Isfahan foi destruída por mísseis BGM-109 Tomahawk disparados por um submarino da US Navy.
Os sete bombardeiros furtivos B-2A, foram escoltados e apoiados por caças da USAF F-22A e F-35A, com apoio de caças F-35I da Israeli Air Force. Ao que consta, os B-2 decolaram de Guam, tendo apoio de Reabastecimento em Voo (REVO) para os ataques. Cada dupla de Spirits teria atingido um alvo com duas GBU-57, regressando imediatamente a Guam. Como suspeitávamos, eles já saíram armados de Whiteman AFB, na noite de ontem.

O furtivo bombardeio Northrop Grumman B-2A Spirit foi projetado para missões de ataque de longo alcance e consegue transportar armas convencionais e nucleares. É a única aeronave americana projetada especificamente para penetrar alvos fortemente defendidos, como instalações subterrâneas, sendo o único capaz de levar a bomba anti-bunker Boeing GBU-57A/B MOP (Massive Ordnance Penetrator).

Conforme publicamos na semana passada, Fordow só poderia ser destruída pelas GBU-57A MOP, as quais somente os Estados Unidos dispunham. Essas munições de 13 toneladas conseguem destruir alvos até 60 metros de profundidade. “Mesmo assim, essa arma poderia exigir múltiplos disparos para danificar efetivamente as profundas áreas de Fordow”, afirmou Anatoliy Maksymov, jornalista especialista em relações internacionais.
Localizada perto da cidade sagrada de Qom e ao sul de Teerã, Fordow abriga uma das instalações nucleares mais seguras do Irã, enterrada entre 80 e 90 metros abaixo de uma montanha. O local foi tornado público em 2009 e abriga até 3.000 centrífugas, incluindo os modelos IR-4, IR-6 e IR-8, algumas das quais estão restritas pelo Plano de Ação Conjunto Abrangente de 2015.

De acordo com Maksymov, o Irã usou Fordow para enriquecer urânio com pureza de até 60%, considerada de qualidade militar. “O próximo passo seria chegar em 90%, o limite mínimo para emprego em armas nucleares”, disse o jornalista.
O Instituto de Ciência e Segurança Internacional, sediado em Washington, EUA, estima que em três semanas, as centrífugas de Fordow poderiam converter o estoque de 400 kg de urânio enriquecido a 60% do Irã, em até 233 quilos de material de 90%. Essa quantidade seria suficiente para armar aproximadamente entre nove e 15 bombas nucleares.

Segundo a Casa Branca, as três plantas foram destruídas, pondo fim ao plano nuclear iraniano. Porém, os reais danos estruturais causados pelos ataques da USAF em Fordow e demais planta nucleares ainda são desconhecidos. O fato é que a instalação era um desafio estratégico para a Operação Leão Ascendente (Rising Lion) de Israel, que sozinho não tinha uma maneira para neutralizar rapidamente as instalações subterrâneas da usina iraniana.
Todo o ataque foi comunicado e feito em coordenação com Israel, tanto no campo político como militar. Os ataques foram fruto de um plano conjunto.
Segundo a imprensa americana, o ataque foi antecipado por Trump por ter visto que o campo diplomático não iria funcionar. Agora veremos os efeitos colaterais, tanto dos aliados dos EUA, como de China e Rússia, e também internamente, pois somente 19% dos americanos concordavam com um ataque. Trump entra para a história a ser o primeiro presidente a atacar o território do Irã, após a revolução islâmica de 1979.
Também temos que aguardar a resposta do Irã, se é que ele ainda tem forças para isto. A mídia oficial do país já confirmou os ataques e disse que elas já havia sido esvaziadas previamente, face à situação. Israel espera uma reação do Irã, e passou a proibir todas as atividades sociais, escolas e trabalhos presenciais nos próximos dias.
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