EDWARDS AIR FORCE BASE, Calif. (April 29, 2019) KC-46 out of EDW makes first-ever contact with C-5 Galaxy out of Travis Air Force Base. (U.S. Air Force photo by Christian Turner)
Taxas de capacidade de missão do KC-46 caíram em 2024. Um recente relatório do Pentágono informou que os aviões-tanque KC-46 Pegasus sofre com baixas taxas de capacidade e disponibilidade de missão decorrentes da escassez de peças. Isto demonstra que o programa da Boeing continua lidando com problemas recorrentes.
Conforme o relatório anual de 2024 do escritório do Director of Operational Test and Evaluation, “o KC-46A não está atendendo muitas métricas”. Sua taxa de disponibilidade operacional é de 80% e de capacidade é de 90%, mas “os número reais diminuíram ao longo de 2024”, observou o relatório. O documento não detalhou o valor, mas em 2023 o KC-46 teve uma taxa de capacidade de missão de 65%.
Citando as aeronaves com problemas no seu sistema principal de missão, o reabastecimento em voo, o documento indicou que “a taxa efetiva de capacidade de missão cai 24%, em média”. Os motivos são, por exemplo, problemas com a lança (boom) de reabastecimento. O escritório obteve esses números analisando dezenas de milhares de horas de dados fornecidos pela USAF através das suas áreas operacionais, de manutenção e de avaliação.
Desde 2019 o KC-46 permanece “estacionado” na fase inicial de testes e avaliações operacionais e não pode avançar de fase até que receba atualizações, principalmente, na lança (boom), no Remote Vision System (RVS) e no Wing Aerial Refueling Pod (WARP). A USAF e a Boeing trabalham em conjunto para resolver essas atualizações críticas.
Os problemas com a lança e o RVS são bem conhecidos e persistem há anos e são classificados como deficiências de Categoria 1, a mais importante. Outros problemas nessa categoria incluem “o sistema do coletor de combustível, vazamentos na linha de drenagem do receptáculo de reabastecimento e rachaduras na unidade de energia auxiliar”.
O relatório observou que os testes integrados das soluções para os problemas com a lança e o RVS estão previstos para iniciar no final do ano fiscal de 2025. Existem outros problemas classificados como Categoria 2, que também estão sob os cuidados da USAF e Boeing.
Um deles são as atualizações de software para o Sistema de Autodefesa por Radiofrequência (RFSDS 6.0), necessárias para melhorar a capacidade de sobrevivência do KC-46 em ambientes contestados. O relatório informa que os testes em voo dessa correção devem começar neste trimestre.
Atualmente o KC-46 pode reabastecer 26 tipos de aeronaves diferentes, das 27 aptas a receber combustível em voo, porém algumas restrições limitam a disponibilidade em certas condições meteorológicas e configurações das aeronaves”, observou o relatório. A última aeronave que ainda passa por avaliação REVO com o KC-46 é o jato de ataque A-10 Thunderbolt.
De forma mais ampla, o KC-46 continua sofrendo com “paradas prolongadas para manutenção e reparo, principalmente devido a problemas na cadeia de suprimento de peças”, acrescentou o relatório.
A Boeing tem pedidos firmes para 158 KC-46 dos 179 planejados. Até o final de 2024, cerca de 89 aeronaves haviam sido entregues. O último contrato (Lote 11) envolvendo 15 aeronaves foi concedido em novembro de 2024. A Boeing está construindo o KC-46 sob um contrato de preço fixo e, até agora, absorveu mais de US$ 7,5 bilhões em perdas no programa.
Fonte: AF&SM
@FFO