Pilotos Afegãos refugiados no Uzbequistão vão para Doha

 Pilotos Afegãos refugiados no Uzbequistão vão para Doha. Segundo o US DoD um grupo de pilotos afegãos foi transferido do Uzbequistão, no dia 12 de setembro para a base militar dos Estados Unidos de Al Udeid em Doha no Catar. A informação foi confirmada por fontes do The Wall Street Journal junto a Congresso Americano, que atuou junto ao Departamento de Defesa (US DoD) para o desfecho desta situação de quase um mês de exilio no Uzbequistão.

Estes pilotos da Força Aérea Afegã (AAF) são os que fugiram para o Uzbequistão depois que o Talibã assumiu o controle da capital Cabul em 15 de agosto. Mais de 40 aeronaves fugiram da Base de Mazar-i-Sharif na noite de 14 e 15 de agosto, como informamos aqui.

O Taleban prometeu anistia a membros do governo e oficiais das Forças Armadas, mas os pilotos ainda temem por sua segurança, e que as promessas seja apenas uma maneira de atrair eles para um julgamento aos moldes da milícia Talibã. O governo uzbeque está sob pressão do Talibã para entregar os pilotos, de acordo com o The Wall Street Journal. Não está claro se os pilotos, tripulantes e suas famílias acabarão sendo transferidos para os EUA e, posteriormente asilados. Mas ficou claro que o Governo do Uzbequistão não quer dar asilo ou entrar em atrito, discutindo a situação com o Talibã, optando por “lavar as mãos”.

Atualmente, há 46 aeronaves da Força Aérea Afegã paradas em Termez no Uzbequistão, além de pilotos, tripulações e suas famílias, totalizando cerca de 585 pessoas. O porta-voz do Taleban, Suhail Shaheen, pediu aos pilotos que retornem ao Afeganistão, pois o país precisa que seu povo se reconstrua após a invasão americana.

O presidente afegão Ashraf Ghani, renunciou e deixou o país para os Emirados Árabes Unidos depois que o Taleban assumiu a capital, Cabul, em 15 de agosto. A tomada do poder forçou milhares de afegãos a fugir por medo de represálias dos militantes. Os EUA e aliados ocidentais deixaram o Afeganistão em 31 de agosto de 2021. Porém ainda há muitas “pontas soltas” e diversos pessoas que ainda desejam sair do país.

@CAS