O Parlamento Grego aprovou em 14 de janeiro, a compra de 18 caças franceses Dassault Rafale, por um valor estimado de US$ 3,04 bilhões. O contrato deverá ser assinado pelos Ministros da Defesa da Grécia e da França no final deste mês. O negócio inclui seis Rafale usados, que deverão chegar em junho deste ano, e 12 células novas, entregues a partir de 2023. O anúncio tem como objetivo principal, demonstrar o reforço militar helênico, em meio às tensões com a Turquia, envolvendo recursos energéticos no Mediterrâneo.
O Primeiro-Ministro Grego, Kyriakos Mitsotakis, disse em entrevista ao canal de TV local ANT1, que o Parlamento deverá votar na próxima semana um projeto de lei que estende de seis para 12 milhas as águas territoriais gregas no Mar Jônico, alegando uma lei internacional que prevê o limite legal marítimo de 12 milhas em todo o seu território. A votação não envolverá o leste e o sul do Mar Egeu, onde a Grécia e a Turquia têm reivindicações concorrentes, cujo impasse é designado por Ancara como um “casus belli” ou razão para guerra. Autoridades de ambos países devem se reunir no dia 25 de janeiro para conversas conciliatórias sobre o impasse.
De qualquer forma, o Primeiro-Ministro Mitsotakis destacou que pretende investir nas forças armadas, aumentando o número de militares, adquirindo quatro novas fragatas, helicópteros militares, novos drones, além de um programa de modernização da frota atual de caças F-16. O orçamento de defesa do país está estimado em 5,5 bilhões de euros este ano, apesar da redução na economia por conta da pandemia de Covid-19.
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