

Midnight Hammer: USAF confirma importância do F-35 na função SEAD durante a operação no Irã. A USAF recentemente confirmou que os caças F-35A Lightning II realizaram a função SEAD (Supressão das Defesas Aéreas Inimigas) durante a Operação Midnight Hammer, que em 22 de junho atacou instalações iranianas de enriquecimento de urânio e pesquisa nuclear.
A Operação Martelo da Meia-Noite (Midnight Hammer) envolveu pelo menos 125 aeronaves de diversos modelos, incluindo F-22, F-15E, F-16, além dos F-35A da 388ª Ala de Caça (388th FW), sediada na Base Aérea de Hill, , em Utah, e a unidade da reserva 419th FW, que estiveram destacados no Oriente Médio entre março e setembro.

Além de fornecer cobertura aérea para a força de ataque no espaço aéreo do Irã, os F-35A “prepararam o terreno” para que os sete bombardeiros B-2 pudessem lançar as 14 bombas antibunker GBU-57 contra os alvos.
“Os F-35 da 388 FW foram as primeiras aeronaves a penetrar no espaço aéreo iraniano, suprimindo as defesas aéreas inimigas e escoltando os B-2 até os alvos”, confirmou a USAF. Utilizando furtividade, sistemas de guerra eletrônica e avançados sensores, os F-35 inicialmente “arrombaram a porta” na função SEAD, eliminando potenciais ameaças terrestres contra o pacote de ataque.
“A eficácia deste ataque validou todas as capacidades do F-35 sobre as quais temos falado há anos”, disse o Coronel Charles Fallon, Comandante da 388ª Ala de Caça, em comunicado. “O pacote de ataque dependia dos nossos pilotos e destas aeronaves para funcionar e ambos provaram ser mais do que capazes. O F-35 é necessário para o combate de hoje e para o combate de amanhã, onde quer que ele aconteça”.

“Voamos centenas de quilômetros para dentro do Irã, escoltando os B-2 durante todo o trajeto. Utilizamos armamentos com grande eficácia contra vários locais de mísseis terra-ar”, disse o Tenente-Coronel Aaron Osborne, Comandante do 34º Esquadrão Expedicionário de Caça. “Foi muito legal ver o jato [F-35] fazer exatamente o que foi projetado para fazer, enquanto eles tentavam nos atingir com seus sistemas de última geração e simplesmente não conseguiam”, disse ele, destacando os sistemas de furtividade e guerra eletrônica do F-35.
Após os bombardeiros B-2 lançarem suas GBU-57 contra os alvos, os F-35 guardaram a saída do espaço aéreo iraniano, afirma o comunicado. Nenhum disparo foi realizado pela defesa aérea do Irã.
O recente comunicado da 388th FW, disse que entre o final de março e abril, seus F-35A participaram da Operação Rough Rider, contra alvos dos rebeldes Houthis, no Iêmen, onde também foram empregadas táticas de Supressão das Defesas Aéreas Inimigas.

A missão SEAD foi criada durante a Guerra do Vietnã, quando os F-100F, e posteriormente os F-105G e F-4G, voavam à frente dos grupos de ataque, induzindo a ativação dos radares inimigos, antes de eliminá-los com mísseis Shrike e Standard. Na Guerra do Golfo, em 1991, essa missão era executada por F-4G equipados com sofisticados sistemas de guerra eletrônica.
Operadores de radar iraquianos relataram posteriormente aos militares da coalizão que praticamente pararam de ativar seus radares, porque sabiam que um míssil antirradiação de alta velocidade AGM-88 chegaria segundos depois, com efeitos devastadores.
Com a aposentadoria dos F-4G, a missão SEAD foi transferida para alguns F-16 equipados com o sistema de mira HARM. Atualmente a USAF e a US Navy desenvolvem novos mísseis guiados antirradiação AGM-88E e AARGM-ER como sucessores do HARM. Não foi especificado quais mísseis foram empregados na Operação Midnight Hammer.
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