Marinha Chinesa monitora Destróier da US Navy no Estreito de Taiwan. O Exército de Libertação do Povo Chinês (PLA) rastreou e monitorou um navio de guerra dos EUA durante a sua passagem pelo Estreito de Taiwan, em um movimento considerado “provocativo”. O fato ocorreu na terça-feira (23/11), e aconteceu mesmo diante da promessa do presidente dos EUA de manter a paz e a estabilidade regional, firmada durante o recente encontro virtual com o líder máximo da China.
O porta-voz do Comando Oriental do PLA, Coronel Shi Yi, disse em comunicado que meios navais e aéreos monitoraram todo o percurso do Destróier USS Milius (DDG-69) enquanto navegava pelo Estreito de Taiwan. Shi disse ainda que a ação dos EUA prejudicou a segurança regional, e acrescentou que as tropas chinesas tomarão todas as medidas necessárias para enfrentar resolutamente quaisquer ameaças e provocações, salvaguardando com firmeza a soberania nacional e a integridade territorial.
Uma Fragata de mísseis guiados do Tipo 054A, da Marinha Chinesa (PLAAN), acompanhou o USS Milius quando este entrou ao sul do Estreito de Taiwan, na segunda-feira (22/11), revelou a organização Iniciativa de Sondagem da Situação Estratégica do Mar da China Meridional (SCSPI), citando imagens comerciais de satélite.
Ainda no dia 22 de novembro, quatro caças J-11 e dois caças Su-30 da PLAAN, acessaram a “autoproclamada” Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ), à sudoeste de Taiwan, de acordo com um comunicado das autoridades de defesa da ilha.
Navios de guerra dos EUA recentemente demonstraram força e geraram problemas sob o pretexto de “liberdade de navegação”, disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, durante uma entrevista coletiva na terça-feira (23/11). Esta é uma ruptura deliberada da paz e estabilidade regional, disse Zhao, exigindo que os EUA corrigissem seu erro imediatamente e parassem de cruzar a linha e “brincar com fogo”.
A viagem do USS Milius marcou o 11º trânsito do Estreito de Taiwan por navios de guerra dos EUA em 2021, e também a primeira vez depois do encontro virtual entre os principais líderes da China e dos EUA, na semana passada.
Na reunião, o Presidente dos EUA, Joe Biden, reafirmou a política de longa data do governo dos norte-americano e da China, afirmando que os EUA não apoiam a independência de Taiwan, expressando que a paz e a estabilidade devem ser mantidas no Estreito de Taiwan, de acordo com a Agência de Notícias Xinhua.
O Estreito de Taiwan é uma região altamente sensível politicamente, e o trânsito do navio de guerra dos EUA irá liberar o sinal de apoio aos separatistas de Taiwan, disse Song Zhongping, um especialista militar do continente chinês e comentarista de TV, ao Global Times na terça-feira.
A ação dos militares dos EUA mostra que os políticos dos EUA não são confiáveis, e a China precisa seguir seus próprios planos e salvaguardar a soberania nacional, a segurança e os interesses de desenvolvimento em seus próprios caminhos, disse Song, observando que os EUA não devem dar o passo errado e renegar a promessa de Biden.
Fonte: Global Times
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