Mais problemas no KC-46 Pegasus. A USAF e a Boeing estão trabalhando para resolver duas falhas consideradas de Categoria I nos KC-46 Pegasus. Os problemas não haviam sido divulgados anteriormente, e afetam os dutos da linha de drenagem (receptacle drain line tubes) e instabilidades no Sistema de Gerenciamento de Voo (FMS – Flight Management System).
“Essas falha não restringem os KC-46 operacionais. O System Program Office e a Boeing estabeleceram processos e procedimentos de manutenção para mitigar os impactos e garantir que os problemas não adicionem risco nas operações. A Boeing tratará das questões às suas próprias custas”, disse o Capitão Joshua D. Benedetti, Porta-voz da USAF, em um comunicado.
Foram observadas rachaduras no receptáculo da linha de drenagem de reabastecimento em voo, sob condições de baixa temperatura. A Boeing está trabalhando em um novo desenho do duto para resolver este problema.
O primeiro relato de instabilidade no FMS surgiu durante um voo para o Havaí, no último dia 03 de março. A Boeing e a sua parceira General Electric Aviation, identificaram a necessidade de uma correção no software, que já está em fase de testes. As unidades KC-46 já receberam as orientações e procedimentos pré-voo atualizados. A correção dessas recentes falhas estão sob a responsabilidade da Boeing, e não irão gerar nenhum custo adicional aos cofres da USAF.
Embora essas duas falha tenham sido identificadas e classificadas como Categoria 1, existem outras pendências mais antigas nos KC-46. Essas falhas estão relacionadas à vazamento de combustível, rigidez na lança de reabastecimento (boom), e ao Sistema de Remote Vision System (RVS).
Diferentemente dos clássicos KC-135 e KC-10, nos quais os operadores da lança de reabastecimento tem contato visual com a aeronave que está sendo reabastecida, no KC-46 as imagens são capturadas por câmeras, e os operadores visualizam a operação através de telas em suas consoles. A atual versão do RVS tem apresentado baixa qualidade nas imagens, fazendo com que os operadores tenham dificuldades para operar a lança. A Boeing trabalha no desenvolvimento da versão aprimorada RVS 2.0, e planeja liberar para instalação na frota em 2023.
@FFO