O acordo, divulgado em 2 de abril de 2020, põe fim uma negociação que vinha se arrastando por meses entre a fabricante americana e a USAF, sobre as deficiências do sistema de visão remota (RVS – Remote Vision System) do Boeing KC-46A. Isso deverá abrir caminho para que o novo reabastecedor possa, finalmente, estar apto a voar missões de combate. O sistema RVS tem sido a maior dor de cabeça do programa KC-46.
A solução será implementada em duas fases. A primeira fase permite que a Boeing continue fornecendo melhorias de software e hardware que ajustarão as imagens vistas pelo operador do boom, permitindo que o reabastecimento ocorra com segurança. A segunda fase – que levará anos para ser concluída – envolve a reformulação do RVS, onde o hardware e software serão quase que completamente substituídos por novas câmeras coloridas e monitores avançados.
O RVS 2.0 – como está sendo designado, surge como uma luz no fim do túnel, prometendo mais agilidade e precisão por incorporar sensores Light Detecting And Ranging (LiDAR) ou sensores de detecção e alcance da luz, que prometem um reabastecimento aéreo autônomo e preciso tanto diurno como noturno.
Pelo acordo assinado, a empresa será financeiramente responsável pelo pagamento da totalidade do esforço de reformulação do RVS. A Boeing já excedeu o limite de US$ 4,9 bilhões do contrato do KC-46 e gastou mais de US$ 3,5 bilhões em custo excedentes par corrigir problemas técnicos não previstos.