Frota Osprey só retornará às operações plenas em 2025. Segundo a US Navy, os militares não terão a sua frota de mais de 400 aeronaves Bell/Boeing V-22 Osprey totalmente operacional até pelo menos meados de 2025. As restrições de voo ainda são consequências do acidente com um CV-22B da USAF no dia 29 de novembro de 2023, no Japão.
O chefe do Comando de Sistemas Aéreos Navais, vice-almirante Carl Chebi, cujo escritório supervisiona os Ospreys em uso na Força Aérea (CV-22B), US Navy (CVM-22B) e do USMC (MV-22B), disse que uma revisão sobre capacidades das tripulações, treinamento e equipamentos adequados, que irá durar mais seis a nove meses.
“À medida que tivermos as conclusões da revisão abrangente, tomarei as medidas necessárias para garantir a continuidade das operações de voo seguras”, disse Chebi ao painel de legisladores do Congresso Americano no início de junho (6/06).
Isto significa que as variantes CV-22B (USAF), MV-22B (USMC), CMV-22B (US Navy) e MV-22B (JAGSD — Japan Ground Self-Defense Force) devem retomar gradualmente o voo full operacional somente em 2025.
Relembrando o acidente. O Bell Boeing CV-22B USAF AF 12-0065 do 21st Special Operations Squadron, subordinado a 353rd Special Operations Wing (353rs SOW), com o indicativo de chamada “GUNDAM 22”, atribuído à Base Aérea de Yokota, no Japão, caiu a 29 de novembro de 2023, matando todos os oito tripulantes. O acidente resultou na parada mundial, em 6 de dezembro de 2023, de toda a frota de Ospreys (americanos e japoneses), até que fosse esclarecida a falha. Aliás, os V-22 possui uma extensa ficha de acidentes, como podemos ver aqui e isto, pesou na suspensão das operações.
Um investigação conjunta da USAF (AFSOC), USMC e US Navy foi ver o que de fato falhou. Inicialmente o acidente está relacionado a limalhas metálicas na caixa de câmbio dos rotores do Osprey. Quando pequenos pedaços de metal se soltam das engrenagens da aeronave devido ao desgaste, podem gerar detritos metálicos perigosos que podem danificar os motores. A limalha pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo a falta de lubrificação das engrenagens ou os dentes das engrenagens sujeitos a sobrecargas de força.
A caixa de câmbio esteve sob escrutínio em vários acidentes do Osprey e alguns de seus componentes se desgastaram mais rápido do que o esperado. Em janeiro de 2023, o Departamento de Defesa concedeu à Bell-Boeing US$ 12,7 milhões para melhorar o projeto da caixa de câmbio em todas as variantes da aeronave. Porém, ainda não foram esclarecidos diversos pontos, não só mecânicos, mas de treinamento e de ferramentas capazes de detectar esse e outros problemas correlatos.
O Naval Air Systems Command (NAVAIR), em um comunicado liberou a partir de 8 de março de 2024 às 7h EST, emitiu uma autorização de voo para a frota de Bell Boeing V-22 Osprey, porém restritas.
A frota CM/CMV-22B do Fuzileiros e da Marinha, por exemplo, continuam impedidos de realizar missões de apoio embarcados em porta-aviões e LHA/LHD. Apesar de terem recebido luz verde para retomar as missões regulares, as Forças estão proibidas de voar mais de 30 minutos de um campo de aviação onde poderiam pousar em caso de emergência.
@CAS