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França e Alemanha deverão encerrar projeto de uma nova aeronave MPA

12 de julho de 2021
França e Alemanha deverão encerrar projeto de uma nova aeronave MPA (Arte: Airbus Defense).

França e Alemanha deverão encerrar projeto de uma nova aeronave MPA. A imprensa francesa noticiou que o Ministério das Forças Armadas em breve deverá anunciar a sua saída do projeto franco-alemão da Maritime Airborne Warfare System (MAWS). Esta decisão vem poucos dias depois da Alemanha anunciar a compra de cinco aeronaves Boeing P-8A Poseidon.

Em 06 de julho, o jornal francês La Tribune, apontou que Paris não recebeu com tranquilidade a decisão do governo alemão de optar pela compra os aviões da Boeing, uma vez que a continuação do programa MAWS, teria como uma das suas premissas, o compromisso de aquisição das aeronaves por ambos países.

Preliminarmente, o programa MAWS estudava como plataforma preferencial o desenvolvimento do Airbus A320Neo MPA, e correndo por fora o Airbus C295MPA, além do ATR-72MPA. Em todos esses casos, o desenvolvimento envolveria empresas parceiras de ambos países. Como parte desta parceria, o Governo francês divulgou que estaria disposto a emprestar quatro bimotores Breguet Atlantique 2 STD 6 da Marinha Francesa para a sua congênere da Alemanha.

A possível saída das empresas alemãs do MAWS, poderá abrir oportunidades para outros parceiros como o Airbus A220, em uma eventual parceria com o Canadá, que também busca um substituto para os seus Lockheed Martin P-3 Orion.

O programa MAWS foi tornado público em 23 de outubro de 2020 pela Direção Geral de Armamento da França (DGA- Direction Générale de l’Armement), e visa a substituição da frota de 23 Breguet 1150 Atlantique 2, franceses e os oito Lockheed P-3 Orion alemães. Inicialmente os estudos seriam realizados pelas empresas Thales, da França, e pelas alemãs Hensoldt, ESG (Elektroniksystem) e Diehl. Em uma segunda etapa, entrariam a Airbus (Alemanha) e a Dassault (França). Para gerenciar este grupo, foi criada a empresa multinacional T-HED (Thales, Hensoldt, ESG e Diehl).

Fonte: La Tribune

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