

EUA estuda transferir para Israel bombardeiros B-2 Spirit e bombas GBU-57 MOP. O presidente Donald Trump poderá autorizar que Israel receba bombardeiros furtivos B-2 Spirit e bombas antibunker GBU-57 MOP (Massive Ordnance Penetrator), no caso do Irã retomar seu programa de armas nucleares. Isto é o que dispõem o texto de um projeto de lei apresentado por um grupo de deputados americanos.
Batizada de “Lei Bunker Buster”, a proposta foi apresentada pelos deputados Josh Gottheimer (Democrata de Nova Jersey) e Mike Lawler (Republicado de Nova York) com o objetivo expresso de garantir que Israel esteja plenamente preparado para qualquer ameaça nuclear vinda de Teerã, conforme divulgou o site Fox News.

De acordo com os autores do projeto da Lei Bunker Buster, o objetivo é permitir ao presidente dos EUA fornecer para Israel não apenas os equipamentos (aeronaves + armamentos), mas também treinamento e suporte técnico, ampliando sua capacidade de dissuasão contra ameaças nucleares.
A iniciativa ganhou fôlego após a operação “Midnight Hammer” (Martelo da Meia-Noite) realizada em 22 de junho de 2025, quando sete bombardeiros B-2 Spirit voaram cerca de 37 horas ininterruptas para lançar 14 bombas GBU-57A/B nas usinas nucleares iranianas de Fordow, Natanz e Isfahan.

Desenvolvido na década de 1990 pela Northrop Grumman, o bombardeiro furtivo B-2 Spirit tem capacidade para transportar até duas bombas GBU-57A/B que pesam cerca de 13.6 toneladas cada. Os Boeing B-52H Stratofortress da USAF, que não são furtivos, também podem lançar a MOP, mas apenas uma por aeronave.
Cada um dos 19 bombardeiros B-2A Spirit da USAF custa mais de US$ 2 bilhões e sua operação tem o valor aproximado entre US$ 135.000 e US$ 170.000 por hora de voo por aeronave. Além disso, os Spirits exigem um complexo programa de manutenção, estimado em cerca de US$ 60 milhões ao ano por avião.

As bombas GBU-57A/B MOP, por sua vez, foram projetadas para penetrar até 60 metros em estruturas subterrâneas reforçadas com concreto. Entretanto, a efetividade dessas armas contra as instalações das usinas nucleares iranianas, situadas em profundidades maiores, é objeto de debate.
Especialistas apontam que mesmo após os ataques, o Irã ainda possui aproximadamente 400 kg de urânio enriquecido a 60%, suficiente para produzir várias ogivas. A retomada das operações nas usinas poderia ocorrer em apenas alguns meses. Imagens de satélite mostram reconstrução em Fordow e indícios de recuperação nas instalações afetadas.

Como resposta ao ataque americano, Teerã suspendeu a cooperação que tinha com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o que dificulta a avaliação completa dos danos e a monitoração das plantas de produção.
A “Lei Bunker Buster” busca suprir uma importante capacidade de dissuasão que Tel Aviv ainda não dispõem, contra um inimigo regional que não mede esforços para ter armas nucleares e colocar em prática seu objetivo insano: acabar com o Estado de Israel.
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