Argentina avança mais uma etapa rumo a certificação do IA-58 Pucará Fênix
Argentina avança mais uma etapa rumo a certificação do IA-58 Pucará Fênix. A Fábrica Argentina de Aviones (FADEA) e a Fuerza Aérea Argentina (FAA) concluíram com sucesso mais uma etapa rumo a certificação do IA-58 Pucará Fênix remotorizado. Nas suas redes sociais, o Ministério da Defesa informou a conclusão das avaliações do conjunto de hélices produzidas pela da empresa Hartzell Propeller.
Com dois anos de atraso no cronograma, causado pelas restrições de viagens durante a pandemia do COVID-19, finalmente os técnicos envolvidos na certificação do conjunto de hélices do Pucará Fênix se reuniram nas instalações da FAdeA, em Córdoba, norte da Argentina. Técnicos da Hartzell Propeller, da Pratt & Whitney Canada, fabricante dos motor e do Centro de Ensayos en Vuelo (CEV) da FAA, finalizaram os testes de certificação do passo reversível das hélices instaladas nos motores PT-6A-62.
Os voos de avaliação de Carga de Hélice e Momento 1P (efeito causado pelo torque e resistência do ar) foram concluídos na semana passada, e os dados coletados durante os ensaios possibilitarão a certificação do novo conjunto de motores do Fênix.
A próxima etapa será o início da instalação dos aviônicos do novo cockpit, a última fase para concluir o programa IA-58 Pucará Fénix, habilitando o início do processo de padronização da frota. Inicialmente a FAdeA e a FAA planejam modernizar quatro unidades IA-58 para a versão de vigilância, número que poderá ser incrementado de acordo com as necessidades da Aeronáutica e o sucesso do projeto.
O IA-58 Pucará Fênix modernizado será capacitado para missões de vigilância aérea, com a integração de sensores eletro-ópticos produzidos pela empresa argentina FixView, e um radar de abertura sintética nacional da Invap. O bimotor será equipados com novos motores Pratt & Whitney Canada PT-6A-62 e hélices Hartzell Propeller quadripás, no lugar dos antigos Turbomeca Astazou.
Entre 1974 e 1999, mais de uma centena de IA-58 Pucará foram produzidos pela FMA (Fábrica Militar de Aviones), atual FAdeA. O principal operador foi a Fuerza Aérea Argentina, e algumas unidades foram exportadas para a Colômbia, Uruguai e Sri Lanka. Os Pucarás tiveram papel importante no Conflito das Malvinas em 1982, onde participaram de diversas missões no arquipélago, tendo abatido em combate aéreo um helicóptero britânico. Dezenas foram danificados em solo, derrubados ou caíram, e diversos foram capturados pelos ingleses, que enviaram algumas unidades para exposição em museus do Reino Unido.
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