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A-29 Super Tucano do Afeganistão ataca posições do Paquistão

22 de outubro de 2025

An Afghan Air Force A-29 Super Tucano soars over Kabul, Afghanistan, Aug. 14, 2015. The A-29 is the Afghan Air Force's latest attack airframe in their inventory. (U.S. Air Force photo/Staff Sgt. Larry E. Reid Jr., Released)

A-29 Super Tucano do Afeganistão ataca posições do Paquistão. Um dos Embraer/NSC A-29B da Afghan Air Force sobre Kabul, Afeganistão em agosto de 2015. Foto USAF/Staff Sgt. Larry E. Reid Jr.
A-29 Super Tucano do Afeganistão ataca posições do Paquistão. Um dos Embraer/NSC A-29B da Afghan Air Force sobre Kabul, Afeganistão em agosto de 2015. Foto USAF/Staff Sgt. Larry E. Reid Jr.

A-29 Super Tucano do Afeganistão ataca posições do Paquistão. Relatos informam que um Embraer/SNC A-29B Super Tucano da Força Aérea Afegã atacou posições paquistanesas, na fronteira dos dois países, no dia 11 de outubro.

O ano de 2025, sem dúvida, será lembrado com um ano de conflitos, com várias ações militares e tensões em curso. Desde Israel x Hamas, passando por EUA X Irã, Índia x Paquistão, a continuidade da guerra Rússia x Ucrânia, República Democrática do Congo e Ruanda, Tailândia x Camboja, afora os conflitos no Iêmen, Síria, Congo, Mianmar, entre outros.

Em outubro, mais uma frente foi aberta, o entre Afeganistão e Paquistão. O conflito na fronteira entre Afeganistão e Paquistão iniciou no último fim de semana (11/10) e resultaram em centenas de mortes, marcando o confronto mais grave entre os dois países, desde que o Talibã retomou o poder em agosto de 2021. Vale lembrar que conflitos de fronteira entre os dois países vem ocorrendo, pelo menos, desde 2023.

Na noite de sábado (11/10), forças do Talibã atacaram postos militares paquistaneses ao longo da fronteira de 2.600 km, com as forças paquistanesas retaliando posteriormente. O Talibã afirmou que o ataque de sábado foi em resposta à violação do espaço aéreo afegão.

Paquistão e Afeganistão concordaram mutuamente na sexta-feira (17/10) em estender seu cessar-fogo de 48 horas até a conclusão das negociações planejadas em Doha, de acordo com três autoridades de segurança do Paquistão e uma fonte do Talibã afegão.

O Super Tucano

Neste novo conflito de fronteira, o destaque teria sido um vídeo publicado no X, informando que os A-29 Super Tucano do Afeganistão teriam sido usados para atacar posições paquistanesas. O vídeo mostra um A-29B recuperando de um suposto ataque. Não é a primeira vez que o A-29 é usado contra tropas do Paquistão.

Não seria a primeira vez que os Super Tucanos remanescentes são usados contra o Paquistão. Em dezembro de 2024, informações da imprensa do Paquistão dão conta que uma aeronave Embraer/SNC A-29B Super Tucano da Força Aérea Afegã foi abatido por forças paquistanesas na fronteira dos dois países.

A aeronave pertencia ao Esquadrão de Ataque da Força Aérea do Afeganistão, sediada na Mazar-i-Sharif/M.J.M. Balkhi (OAMS). A aeronave tentou invadir o espaço aéreo paquistanês e lançar um ataque a um posto de fronteira, mas foi interceptada e abatida pela Força Aérea do Paquistão, provavelmente pelo sistema de Defesa Antiaérea. Os pilotos ejetaram e sobreviveram, sendo capturados.

Dos 18 Super Tucanos entregues a Força Aérea Do Afeganistão entre 2016 e 2020, um foi perdido em acidente, após a retomada do poder pelo Talibã, e a saída dos EUA da região, um número não conformado de A-29B saíram do país. Entre os dias 14 e 15 de agosto de 2021, 22 aeronaves militares e 24 helicópteros militares do Afeganistão, transportando 585 militares/pessoas, cruzaram ilegalmente o espaço aéreo do Uzbequistão. Destes, entre 9 e 12 A-29, dos quais um foi perdido na fuga, já no Uzbequistão. Dos 5 a 8 A-29B remanescentes, pelo menos dois foram destruídos em solo. Fontes mais conservadoras estimam que quatro tenham sido recuperados e compuseram a nova Força Aérea Afegã, com um deles sendo abatido em 27 de dezembro de 2024.

Sem suprimento e manutenção, é provável que os Super Tucanos remanescentes estejam vivendo de canibalização de peças. Em junho de 2021, com a degradação do governo e a eminente queda para o Talibã, já havia reportes de falta de suprimento. As aeronaves A-29B, AC/C-208B, Pilatus P-12NG, C-27 e helicópteros MD-530F, Mil Mi-8 e UH-60A já estavam no limite. Passados quatro anos, a situação não deve ter melhorado.

O conflito

Em 2007, diversos grupos jihadistas ativos no noroeste do Paquistão, pertencentes ao grupo étnico Pashtun, formaram o Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP), comumente conhecido como Talibã Paquistanês. O grupo foi inspirado no Talibã afegão, sendo da etnia Pashtun que conquistou o Afeganistão na década de 1990, antes de ser deposto por uma invasão liderada pelos Estados Unidos em 2001 na Operação Liberdade Duradoura (OEF).

O TTP é ainda mais radical que o Talibã original (Pashtun), adotando a ideologia da Al-Qaeda. Desde seu o seu surgimento, o TTP atacou mercados, mesquitas, aeroportos, bases militares, delegacias de polícia e também conquistou territórios — principalmente ao longo da fronteira com o Afeganistão, e também, no interior do Paquistão, incluindo o Vale do Swat.

Eles também lutaram ao lado do Talibã afegão no Afeganistão contra os EUA. O Paquistão lançou uma série de operações militares contra o TTP em seu próprio território, sem sucesso. Em 2014, o TTP atacou uma escola na cidade de Peshawar, no noroeste do país, matando mais de 130 crianças. Isso desencadeou uma nova ofensiva militar paquistanesa, que empurrou o grupo para o Afeganistão.

Equipes de segurança armadas do Talibã montam guarda perto do portão fechado da passagem de fronteira do ponto zero entre Afeganistão e Paquistão, no distrito de Spin Boldak, na província de Kandahar — Foto: Foto por SANAULLAH SEIAM/AFP.

O que aconteceu após o Talibã tomar o Afeganistão? O Paquistão comemorou o retorno do Talibã ao poder em 2021, com o então primeiro-ministro Imran Khan afirmando que os afegãos haviam “quebrado os grilhões da escravidão”. Mas Islamabad logo descobriu que a lealdade do Talibã estava em outro lugar. Desde então, houve um aumento acentuado nos ataques do TTP no Paquistão.

O Paquistão afirma que a liderança do TTP e muitos de seus combatentes estão baseados no Afeganistão. O Paquistão tem apelado repetidamente ao governo do Talibã para conter o grupo, mas Cabul afirma que o grupo não tem presença no país.

Islamabad foi acusado de apoiar a insurgência de duas décadas do Talibã no Afeganistão contra o governo apoiado pelos Estados Unidos — o que o país nega. O Paquistão acusa a Índia, sua adversária de longa data, de apoiar o TTP e outros militantes contra o Paquistão. A Índia nega a alegação.

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