Leidos continuará a dar suporte a Força Aérea Afegã. A empresa americana Leidos recebeu uma modificação de contrato para um ano, avaliado em US$ 20,95 milhões do US Army Contracting Command, para continuar a fornecer o suporte logístico do contratado, a partir dos Emirados Árabes Unidos, para a frota de helicópteros Mil Mi-17 e aeronaves turboélice ISR Pilatus PC-12NG, que eram operadas pela Força Aérea Afegã (AAF).
A primeira vista isto parece meio sem sentido, dado todos os acontecimentos de agosto passado, com a queda do Governo do Afeganistão, após a saída dos Estados Unidos do país. Como seria possível prestar o serviço com o país fechado aos EUA, e mais, vários dos Mi-17 e PC-12NG que ficaram para trás foram desmilitarizados, danificados ou até destruídos. A explicação é simples. Os fundos para as Forças de Segurança do Afeganistão para o ano fiscal 2021 (FY21) no valor de US$ 20,95 milhões já haviam sido aprovados e, com isto, são por lei, obrigados a serem concedidos a empresa contratada, anunciou o DoD em 31 de agosto.
O US DoD não informou se a Leidos irá fazer manutenção e suporte a estas aeronaves refugiadas no Uzbequistão e também no Tajiquistão (provável) e se haverá a possibilidade de ser feito algo in loco no Afeganistão, algo hoje pouco provável para não dizer impossível.
Vários Mi-17 e PC-12 foram transportados para o Uzbequistão após o colapso do governo afegão em meados de agosto de 2021. Segundo imagens de satélite, ao menos 11 PC-12NG e 14 Mi-8/17 estariam estacionados em Termez. Outros Mi-17 estariam no Tajiquistão.
Os dados mais recentes do Shephard Defense Insight, coletados antes da vitória do Taleban no Afeganistão, mostraram que cerca de 40 Mi-17 permanecem em serviço no Afeganistão de um total de 301 entregues. Um total de 18 PC-12s estavam em serviço na AAF, tendo sido fornecidos em 2015 por meio de um acordo FMS.
@CAS