USAF: taxas de capacidade de missão aumentam em 2020

USAF: taxas de capacidade de missão aumentam em 2020. A frota de caças da USAF, apresentou uma melhora na taxa geral de capacidade de missão em 2020, se comparadas as taxas de 2019. Mesmo com as limitações impostas pela pandemia, houve um leve aumento geral, sendo o único vetor que teve um significativo aumento nas taxas de MC (Mission Capable) foi o Lockheed Martin F-35.

Mas o que é MC? A capacidade da missão é a porcentagem de aeronaves disponíveis e capazes de executar pelo menos uma missão durante um determinado período de tempo. Já a “Capacidade total para missões” é uma medida de quantas aeronaves em uma frota estão prontas para cumprir seu complemento total de missões durante aquele período. Em setembro de 2018, o ex-Secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, ordenou que a USAF e a Marinha Americana (USN) aumentassem as taxas de missão dos F-15, F-16, F-22, F-35 e F/A-18 a padrões acima de 80% até o final de setembro de 2019.

Porém os resultado não foram bons e a USAF teve que rever e abandonar as taxas de capacidade de missão para seus Lockheed Martin F-22, F-35 e F-16 e Boeing F-15, depois que nenhum deles atingiu a meta proposta. Em nota o Gabinete do Secretário de Defesa informou: “A iniciativa da taxa de missão de 80% do ano fiscal de 2019 não é um requisito para o EF2020. Como resultado, a USAF volta a permitir que os Comandantes determinassem as taxas necessárias para atender os requisitos de prontidão”.

Isto permitiu taxas mais realistas no anos fiscal 2020, que se encerra neste semestre. Em 2020 a taxas de missão do F-35 subiram 15%, algo bem acima da média das demais aeronaves que tiveram crescimentos entre 1 e 1,5%, exceto para os F-15D/E que ao contrário, tiveram redução com taxas de 1.93% e 2,08% respectivamente.

A taxa de capacidade de missão do F-35A saltou de 61,6 por cento no FY2019 para 76,07% no FY 2020, de acordo com números divulgado pela USAF. Isto em parte se reflete porque o programa JSF recebeu financiamento adicional para aquisição de peças de reposição em uma porcentagem maior que as demais aeronaves da frota. Isto aliado ao F-35 ser a aeronave mais nova e sujeita a menos problemas, facilitou sua disponibilidade.

O diretor do Joint Program Office, o Tenente-General Eric Fick disse ao Comitê de Serviços Armados da Câmara em abril. “Muitas de nossos F-35 de lotes anteriores exigiram modificações. Nós estamos trabalhando nos retrofits e modificações para minimizar os impactos operacionais. As equipes do governo e da indústria estão acelerando uma solução acessível de longo prazo para a prontidão do F-35, enquanto maximiza sua disponibilidade no curto prazo para treinamento e operações. Essas mudanças estão gerando um aumento constante nas taxas de capacidade de missão completa. Prevemos que a disponibilidade da frota continuará a subir à medida que as melhorias são implementadas”.

Source: USAF

As frotas F-15C e D, que a USAF descreveu como com necessidade urgente de substituição porque estão voando além de suas vidas úteis planejadas, apresentaram resultados mistos, com um desempenho bom para o F-15C e não tão bom para os F-15D. A solução deste problema virá com o F-15EX que já está sendo introduzido em serviço para nos próximos anos tomar o lugar dos C/D. O mesmo vale para o F-15E que teve redução de seu MC.

O F-22A obteve apenas uma pequena melhora no ano fiscal de 2020 em relação ao ano anterior, com uma taxa de 51,98% contra 50,57% . A Força Aérea recentemente sinalizou que começará a desativar o F-22 por volta de 2030. O raptor tem o pior MC de todos os caças de 1ª linha da Força Aérea Americana. Já o A-10, que está passando por um programa de reformulação, teve uma taxa de MC de 72,04%, um ligeiro aumento em relação aos 71,20%p de 2019.