MC-130J anfíbio está em estudo para as Forças Especiais dos EUA. O Comando de Operações Especiais dos EUA (USSOCOM) está novamente considerando o projeto de uma aeronave anfíbia de grande porte, agora desenvolvida a partir do Lockheed Martin MC-130 Super Hércules.
Em uma palestra virtual na Conferência da Indústria das Forças de Operações Especiais (SOFIC) realizada em 19 de maio, o Coronel da USAF Ken Kuebler, Oficial Executivo do Programa do Comando de Operações Especiais dos EUA (SOCOM) para Asa Fixa (PEO-FW), apresentou o conceito do novo projeto MC-130 Amphibious Capability (MAC).
Conforme o Coronel Kuebler, os estudos de viabilidade e operacionais do projeto estão em andamento, e que o Comando está trabalhando com novos parceiros para comprovar o novo conceito MAC através de ferramentas de design digital. Isso, por sua vez, poderia ajudar a acelerar a pesquisa e o desenvolvimento, além de reduzir os custos. O projeto ainda está em estágio inicial, e Kuebler apresentou apenas uma concepção artística do MC-130J Commando II equipado com grandes flutuadores.
A ideia básica de um C-130 anfíbio existe há décadas, e a Lockheed chegou a oferecer na década de 1960 um Hercules totalmente anfíbio, com a fuselagem em forma de casco semelhante a um barco. Embora a Marinha Americana tenha realizado estudos usando um modelo de rádio-controle em escala, o projeto não teve sucesso.
A possibilidade de uma variante do C-130J equipada com flutuadores fixados na fuselagem, como visto na arte de concerto PEO-FW, também não é nova. No final da década de 1990, a Lockheed Martin propôs uma versão depois de receber a sinalização de interesse da US Navy, que precisava de uma aeronave para infiltrar e exfiltrar equipes SEAL e suas embarcações em áreas litorâneas.
Nas grandes extensões da região da Ásia-Pacífico, onde estão centenas de pequenas ilhas sem espaço suficiente para estabelecer uma pista de pouso adequada, uma aeronave anfíbia seria uma solução perfeita, especialmente em tempos de conflito. A crescente expansão chinesa na região, sem dúvidas foi um dos motivos para a reativação do projeto MAC.
Um C-130 anfíbio poderia executar uma gama muito maior de tarefas, não só para as forças especiais, mas para muitas outras unidades, como a Guarda Costeira e a Guarda Aérea Nacional. Com o MAC, seria possível que na mesma missão, a aeronave pousasse e decolasse da terra e do mar.
Enquanto ainda não se sabe como o esforço do MAC irá progredir, e que tipos específicos de funções um anfíbio MC-130J assumirá, Kuebler deixou claro que sentiu que há “interesse de comando suficiente” para ter esperança de que este conceito finalmente poderá se tornar uma realidade.
@FFO