Caça da USAF com camuflagem russa interceptou avião da Força Aérea Russa no Alasca. Quando uma aeronave russa de vigilância marítima Ilyushin Il-38 se aproximou da Zona de Identificação Aérea (ADIZ) do Alasca no início deste mês, os seus tripulantes se depararam com uma visão familiar, embora talvez inesperada. Um caça da USAF, acionado pelo NORAD para interceptação do quadrimotor russo, ostentava a camuflagem e identificação similares à utilizada pelas aeronaves das Forças Aeroespaciais Russas (RF VKS).
Até então, esta Unidade era conhecida como 18º Esquadrão Agressor (18th AGRS), encarregado de simular combatentes inimigos para treinamento dissimilar. Uma das características principais dos caças de Esquadrões “agressors” da USAF é, justamente, as pinturas imitando Forças Aéreas de outras nações.
A mudança para o 18th FIS alinhou a unidade com as prioridades nacionais. “A mudança permitiu que a unidade organizasse, treinasse e equipasse para sua missão de combate primária de fornecer controle aeroespacial para missões de defesa nacional”, disse a 354ª Ala de Caça (354th FW) em um comunicado à imprensa em abril deste ano.
“Da perspectiva da 11ª Força Aérea, somos essencialmente o provedor de força para a região NORAD do Alasca — as forças de alerta que temos que estão prontas para executar essas interceptações”, disse o Tenente-General Case Cunningham, Comandante da Região NORAD do Alasca, do Comando do Alasca e da 11ª Força Aérea. “Criamos o 18th FIS não muito tempo atrás, ainda sob o comando do Tenente-General Nahom, e isso meio que carrega o peso da maior parte disso — levando as interceptações para lá. Mas temos uma força de alerta muito mais ampla que faz isso acontecer, então essa é definitivamente uma equipe de força total.”
Cunningham destacou o trabalho do 18th FIS durante uma interceptação de uma patrulha combinada de bombardeiros russos e chineses na ADIZ do Alasca, no mês de julho, durante a qual o Esquadrão trabalhou ao lado dos F-35 da 354th FW, e dos F/A-18 Hornets da Força Aérea Real Canadense.
Neste mês de setembro, houve quatro voos russos para a ADIZ do Alasca no intervalo de uma semana durante um exercício naval russo, cada um envolvendo várias aeronaves, além de outra operação russa com quatro aeronaves na semana passada (23/09).
Todos esses voos estavam em espaço aéreo internacional, pois a ADIZ do Alasca se estende além do território americano e canadense. No mundo, as interceptações em ADIZ ocorrem com frequência, incluindo até mesmo de aeronaves americanas. Os EUA interceptaram aviões russos perto do Alasca desde a Guerra Fria.
“Mesmo que na superfície, só porque você vê as fotos, pareça que o que acontece na região NORAD do Alasca é fácil. Mas fazer com que isso se pareça fácil, há o trabalho de uma grande equipe por tras, porque a distância e a geografia do Ártico e do Alasca é significativa, e muitas vezes subestimada. É basicamente como ir da Costa Leste para a Costa Oeste dos Estados Unidos e fazer uma interceptação”, destacou Cunningham.
Fonte: AF&SM
@FFO