EUA atacam novamente instalação de armas apoiada pelo Irã na Síria. Em retaliação a derrubada de um drone por rebeldes Houthis no dia 8/11, os EUA atacaram outra instalação de armazenamento de armas no leste da Síria, usada pelo Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã e grupos afiliados.
O anúncio foi feito nesta quinta-feira pelo Secretário de Defesa, Lloyd Austin. “Este ataque de autodefesa de precisão é uma resposta a uma série de ataques contra pessoal dos EUA no Iraque e na Síria por afiliados da IRGC-Quds Force. O Presidente não tem maior prioridade do que a segurança do pessoal dos EUA, e dirigiu a ação de hoje para deixar claro que os Estados Unidos defenderão a si, seu pessoal e seus interesses”, disse Austin.
O ataque ocorreu na província síria de Deir el-Zour, não sendo informado o número de vítimas, pelo Pentágono. A AFP, porém, informa que pelo menos nove pessoas morreram no ataque. Ele foi efetivado por dois F-15E da USAF, vinculados ao 494th Fighter Squadron (494th FS) da USAF, operando a partir da Jordânia. O 494th, sediado da RAF Lakenheath (LKZ/EGUL), está operando em um força expedicionária no Oriente Médio.
Em 27 de outubro, os F-15E já haviam atacado uma instalação de armazenamento de armas e uma instalação de armazenamento de munições no leste da Síria, usada pelo IRGC do Irã e grupos afiliados. Os militares disseram que não houve vítimas nesses ataques matinais.
Austin acrescentou na sua declaração que os EUA estão totalmente preparados para tomar novas medidas para proteger o pessoal e as instalações dos EUA, ao mesmo tempo que apela contra uma nova escalada. O ataque de precisão aconteceu horas após os rebeldes Houthis, apoiados pelo Irã, terem abatido um drone norte-americano que sobrevoava o Mar Vermelho.
Os EUA querem atingir com a maior força possível os grupos apoiados pelo Irã, suspeitos de visarem os EUA, para dissuadir futuras agressões advindas da guerra de Israel contra o Hamas. Conforme o Pentágono, houve pelo menos 12 ataques a bases e pessoal dos EUA no Iraque e quatro na Síria desde 17 de outubro.
Os feridos americanos ocorreram durante quatro ataques: um ataque de drone na Base Aérea de al-Harir, em Irbil, Iraque, onde o drone caiu antes de explodir; dois ataques multidrones na Base Aérea de al-Asad, no oeste do Iraque, e um ataque multidrones na guarnição de al-Tanf, na Síria. Os ataques feriram 46 militares dos EUA, com lesões que vão desde lesões cerebrais traumáticas a estilhaços ou tímpanos perfurados.
Os EUA aumentaram a sua presença na região para proteger as suas forças e para dissuadir forças do Irã, e seus aliados como os Houthis e o Hezbollah, entre outros, a entrarem ou expandirem o conflito Israel-Hamas.