Voou o primeiro caça F-16 privado do mundo
Voou o primeiro caça F-16 privado do mundo. Na terça-feira (18/05), a empresa de treinamento privado Top Aces, realizou o primeiro voo de experiências do primeiro de 29 F-16A/B “Netz”, recentemente adquiridos da Força Aérea Israelense (IAF). Este é o primeiro caça de 4ª geração operado por uma empresa privada no mundo.
A aeronave, matrícula civil N854TA (c/n 6v-15 # ex. IAF 129/78-0322), realizou o voo à partir do recém-criado Centro de Excelência F-16 Top Aces, sediado no Aeroporto Phoenix–Mesa Gateway (IATA: IWA / ICAO: KIWA), Arizona, onde a empresa canadense concentra a sua operação internacional, e que a partir de agora abriga a unidade de F-16.
Em seu primeiro voo, o N854TA foi pilotado por “Billy Bob”, que em cerca de uma hora realizou avaliações e testes na área restrita na região, antes de retornar e pousar em segurança em Mesa Gateway.
Em sua história na Força Aérea de Israel, o “Netz” IAF 129 participou do famoso ataque ao reator nuclear Osirak, no Iraque, em 1981, além de ter participado de uma missão que, juntamente com outro F-16A, derrubaram um Mig-23 Flogger da Força Aérea da Síria em 1982.
A Top Aces planeja usar sua frota de caças de 4ª geração para atender à crescente demanda do Pentágono como apoio aéreo adversário (agressors) em treinamentos aos pilotos da USAF, US Navy e US Mariners. Um passo fundamental na preparação da frota de F-16 da Top Aces será a integração do Advanced Aggressor Mission System (AAMS) de arquitetura aberta, que fornecerá a capacidade adversária mais avançada do setor. Este sistema proprietário, apresenta as tecnologias mais recentes, incluindo radar ativo eletronicamente digitalizado (AESA), busca e rastreamento infravermelho (IRST), link de dados avançado e sistemas de sinalização montados no capacete.
Com sede em Montreal, a Top Aces possui uma sua frota composta por Dornier Alpha Jet, Douglas A-4N Skyhawk e Bombardier Learjet 35A. em seus quadros, estão cerca de 40 pilotos de combate oriundos das forças armadas canadense, alemã e americana, com 80% deles graduados pela renomada Top Gun Fighter Weapons School.
Com a incorporação do General Dynamics F-16A/B, desejados por possuírem alto desempenho e baixa assinatura radar, a empresa pretende ampliar o leque e a complexidade das missões oferecidas para os seus clientes. Caso o negócio com os israelenses seja concretizado, as aeronaves serão submetidas à modernização. A Agência de Exportação do Ministério da Defesa (SIBAT), responsável pela venda de equipamentos militares usados, está supervisionando o negócio.