

Voa o X-59 QueSST da NASA. Em um marco histórico, o X-59 QueSST (Quiet SuperSonic Technology), o avião supersônico experimental da NASA, realizou seu voo inaugural nesta terça-feira (28), em Palmdale, na Califórnia.
Projetado e construído pela Skunk Works, empresa da Lockheed Martin, na Planta 42 da USAF em Palmdale, o X-59 QueSST será usado para testar voos supersônicos sobre áreas habitadas, abrindo caminho para o retorno dos voos comerciais deste tipo.

Neste primeiro voo foram verificados sistemas críticos, cargas aerodinâmicas, motor, superfícies de controle, manobrabilidade, aviônicos, instrumentação e muitos outros itens. Isto marca a transição dos testes em solo para as avaliações em voo iniciais, evoluindo gradualmente para o supersônico.

“Registramos 60 fluxos diferentes de dados com mais de 20.000 parâmetros a bordo. Antes mesmo da decolagem, o sistema já passou por mais de 200 dias de trabalhos”, disse Shedrick Bessent, Engenheiro de Instrumentação da NASA no projeto X-59.
Os dados coletados ajudarão os órgãos reguladores dos EUA e internacionais a avaliar possíveis mudanças nas regras existentes que atualmente proíbem voos supersônicos sobre áreas terrestres habitadas.

A Agência Federal de Aviação dos EUA (FAA) está se preparando para levantar a proibição de décadas, baseada em novos padrões de certificação de níveis de ruído, seguindo uma recente normativa emitida pelo pelo governo. O documento instrui a FAA a revogar a proibição visando permitir voos supersônicos civis sobre áreas terrestres.

Para atingir os parâmetros mais profundos nos voos de testes, o X-59 foi equipado com diversos sistemas de proteção ao piloto, incluindo assento ejetável, kit primeiros socorros, água, rádio de emergência, entre outros. Seu sistema de suporte de vida fornece oxigênio para compensar a baixa pressão atmosférica em altitudes em torno de 55.000 pés, além de alimentar o traje de proteção.

O pouso é uma das fases mais críticas do voo, especialmente por causa do grande nariz do QueSST. Esta estrutura é parte crucial do projeto X-59 e foi projetada para controlar as ondas de pressão aerodinâmica, resultando em estrondos sônicos mais silenciosos. Por outro lado, ele reduz a visibilidade do piloto, e para compensar isso a aeronave foi equipada com o Sistema de Visão Externa (XVS) que utiliza uma série de câmeras que substituem as janelas frontais do cockpit.

A NASA havia informado no mês passado que o primeiro voo seria realizado em baixa altitude e velocidade, com duração aproximada de uma hora. Nos voos subsequentes, o X-59 voará mais alto e mais rápido até chegar na etapa de ultrapassar a velocidade do som.
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