Uzbequistão quer 24 Dassault Rafale. A visita do presidente francês Emmanuel Macron ao Uzbequistão, em 2 de novembro, pode ter gerado mais um potencial cliente para a Dassault Aviation: a Força Aérea do Uzbequistão.
A visita de Macron não foi apenas para alinhavar o potencial envio de urânio para empresas de energia francesas. A agenda também abriu a possibilidade de colaboração técnico-militar também entre os dois países.
Especificamente, a liderança do Uzbequistão teria manifestado interesse em adquirir 24 caças Rafale. O assunto é confirmado pelas assessorias dos dois países, sem, contudo, haver divulgação de como será financiado o negócio. Talvez porque a venda estaria a trelada ao urânio.
A Dassault está em uma fase de vendas do Rafale, tendo encomendas para França, Qatar, Índia (Rafale M), Indonésia e Croácia, parte deles novos e parte usados, ex-Armée de l’Air et de l’Espace (AAE), que estão sendo vendidos para abrir espaço para a nova versão F4. Além disso, fontes dizem que a Dassault estaria negociando um lote de Rafale F4 com a Arábia Saudita, o que poderia colocar a encomenda do Uzbequistão em cheque. Isto pode criar um novo negócio. Fornecer caças Mirage 2000B/C ex-AAE como tampão, até a chegada dos Rafales.
Hoje são oito clientes do Rafale — França, Egito, Índia, Grécia, Croácia, todos já operando e Qatar, Indonésia e Emirados Árabes Unidos com encomendas. Além disto, Uzbequistão e Arábia Saudita podem ser os próximos. Vale lembrar que a Colômbia chegou escolher o Rafale em 2022, mas o negócio não foi adiante.
A Força Aérea do Uzbequistão já vem manifestando há tempos a intenção de trocar seus 30 MiG-29A/UB por caças mais modernos, e inclusive, já se especulou no passado que este poderia ser o Rafale. Parte deles (18 MiG-29) estão atualmente estocados. Além disso, o Uzbequistão tem 26 caças Su-27 também estocados e mantém uma frota ativa de 12 Su-25 e 15 Su-24, que com os 12 MiGs, foram a espinha dorsal do país. O Uzbequistão reservou um orçamento de defesa de US$ 1,4 bilhões para 2023.
@CAS