U.S. Air Force loadmasters and pilots assigned to the 816th Expeditionary Airlift Squadron, load passengers aboard a U.S. Air Force C-17 Globemaster III in support of the Afghanistan evacuation at Hamid Karzai International Airport (HKIA), Afghanistan, Aug. 24, 2021. (U.S. Air Force photo by Master Sgt. Donald R. Allen)
USAF utilizará C-17 e C-130 para deportar milhares de pessoas ilegais nos EUA. O Pentágono vai usar aviões de transporte C-17 Globemaster III e C-130J Hércules da USAF para deportar cerca de 5.400 pessoas atualmente detidas pela Agência de Proteção de Fronteiras dos EUA. Este é o primeiro ato do presidente Donald Trump que promete reprimir imigrantes sem documentos e aumentar a segurança nas fronteiras dos EUA.
A USAF deverá ter papel ainda mais abrangente na implementação da política da nova administração para controlar rigorosamente as fronteiras do País. “Também prevemos que poderá haver recursos adicionais de vigilância e inteligência aerotransportada que seriam enviados para a fronteira para aumentar a conscientização situacional das operações”, disse um alto oficial militar aos repórteres.
O Secretário de Defesa, Robert Salesses, declarou que 1.000 soldados e 500 fuzileiros navais estão sendo enviados para o sul do País para assumir “o controle operacional completo da fronteira dos Estados Unidos”. Até 10.000 militares poderão ser mobilizados, acrescentou o oficial militar sênior. “Este é apenas o começo”, observou a declaração de Salesses. Eles estão se juntando a cerca de 2.500 membros do serviço já destacados para a fronteira sul.
Os voos de deportação serão realizados por dois C-17 e dois C-130J da USAF de acordo com o Pentágono. Essas aeronaves serão enviadas para San Diego, na Califórnia, e El Paso, no Texas. Segundo fontes da Air & Space Forces Magazine (AF&SM) e dados de rastreamento de voos, os dois C-17 da Base Aérea de Travis já pousaram em El Paso e San Diego. Não foi informado para onde os milhares de deportados serão levados, disse o Pentágono.
“O Departamento de Estado está trabalhando com os países que, em última análise, serão o destino desses voos”, disse um alto funcionário da defesa. O Pentágono apenas confirmou que funcionários do Departamento de Segurança Interna dos EUA seguirão junto nos voos.
É esperado que drones MQ-1 da USAF e MQ-9 do Exército sejam enviados para a fronteira sul do País, onde realizarão missões de inteligência, vigilância e reconhecimento. Aeronaves de vigilância tripuladas também são uma opção em consideração, disseram as autoridades. “Temos plataformas tripuladas que também podem dar apoio, mas isso ainda não está totalmente decidido”, disse o oficial militar sênior. Helicópteros UH-72 Lakota já estão operando na área de fronteira.
A operação será liderada pelo Comando Norte dos EUA, que Trump encarregou de “fechar as fronteiras e repelir quaisquer formas de invasão” em uma Ordem Executiva assinada no dia da sua posse, em 20 de janeiro.
As tropas dos EUA são proibidas de executar tarefas de aplicação da lei, mas o decreto de Trump justifica seu uso por meio de declaração de emergência nacional de fronteira para impedir “formas de invasão, incluindo migração em massa ilegal, tráfico de narcóticos, contrabando e tráfico de pessoas e outras atividades criminosas”.
O presidente Trump ordenou que os chefes do Pentágono e do Departamento de Segurança Interna informem dentro de 90 dias se eles acham que a Lei de Insurreição de 1807 deve ser invocada, segundo a qual tropas americanas poderiam ser usadas para reprimir a violência interna.
Fonte: AF&SM
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