USAF testou E-7 Wedgetail da Austrália no Exercício Black Flag. A USAF testou pela primeira vez o Boeing E-7 Wedgetail durante o Exercício Black Flag 22-1, realizado na Base Aérea de Nellis, Nevada, entre 09 e 13 de maio. A aeronave pertencente à Força Aérea Real Australiana (RAAF), foi escolhida pela USAF para substituir a sua envelhecida frota de jatos E-3 Sentry AWACS (Airborne Warning and Control System).
O Black Flag é uma série combinada de missões de teste de larga escala, gerenciadas pela 53th air Wing da USAF, sediada em Nellis AFB. O objetivo principal do Exercício é o aprimoramento operacional e o desenvolvimento de novas táticas de combate. Concomitantemente, são pesquisadas novas capacidades para a aviação de combate trabalhar em conjunto. Isso é feito simulando realisticamente o combate com forças massivas em um ambiente altamente ameaçado.
A participação do Wedgetail australiano neste Exercício, auxiliará a USAF a elaborar as novas táticas e recursos para utilizar quando esse novo vetor estiver incorporado à sua frota operacional.
De acordo com a USAF, o Black Flag é um evento importante para garantir que as forças armadas dos EUA e Aliados estejam prontos para atuar imediatamente, em caso de conflito. Na edição deste ano da Black Flag, participaram além do E-7, o F-35A Lightning II da RAAF, os F/A-18 Hornets e KC-130H dos Fuzileiros Navais dos EUA e os A-10 Warthogs, F-16 Fighting Falcons e F-22 Raptors da USAF.
“Esta integração é mais do que apenas um teste. Estamos desenvolvendo a espinha dorsal que conduzirá nossas táticas e capacidades de comunicação em um teatro de guerra. Então, se chegarmos à primeira noite [de uma batalha], não precisamos treinar todo mundo, o conhecimento já estará lá e podemos focar na luta”, disse o Major Theodore Ellis, Diretor do Exercício.
O Black Flag se concentrou amplamente em garantir que as tecnologias usadas para cadeias de ataque automatizadas de longo alcance estejam funcionando corretamente. Duas novas ferramentas de roteamento e tradução de dados foram testadas, uma chamada Watchbox e a outra TRAX (Tactical Radio Application Extension), que transmitem dados de sensores de mira para aviões de ataque, mais rapidamente que os sistemas antigos.
“Antes as informações levavam entre 25 e 30 minutos para serem transmitidas do banco de dados para o atirador, utilizando o Link 16. Agora, com a automação, esse tempo foi reduzido para algo entre 40 segundos e 4 minutos, além de eliminar os erros associados a intervenção humana, transpondo informações de um sistema para outro”, disse o Major Ridge Flick, Membro da Air Academy da USAF Warfare Center.
A equipe do Major Flick elaboraram relatórios de inteligência automatizados com o Watchbox, depois passaram automaticamente as informações para seis nós terrestres e duas redes Link 16 usando o TRAX, mostrando que esses sistemas podem reduzir significativamente as cadeias de morte, disse a USAF.
Conforme informamos, a USAF anunciou no mês passado a substituir de parte de sua envelhecida frota E-3 AWACS por novos E-7 Wedgetails. O primeiro protótipo do E-7 deverá ser entregue no ano fiscal de 2027.
A USAF e a RAAF trabalham juntos em várias áreas para facilitar o período de transição do novo vetor de inteligência, inclusive com treinamento de aviadores americanos nos E-7 australianos, agilizando a conversão operacional.
Após o Black Flag, a RAAF levou o seu E-7 para a Base Aérea de Tyndall, na Flórida, para participar do 53rd Wing’s Weapons System Evaluation Program-East, um evento conjunto com objetivo de avaliar a capacidade de um esquadrão de realizar missões.
Siga-nos no Twitter @RFA_digital
@FFO