A USAF anunciou que em 10 de setembro, um General Atomics MQ-9A Reaper voou pela primeira vez equipado com oito mísseis Hellfire, o dobro da sua configuração padrão.
Esta atualização é parte do programa operacional 2409, que objetiva aumentar a capacidade de fogo do MQ-9A. Os pods subalares que normalmente transportam bombas ou tanques de combustível, agora podem transportar os mísseis Hellfire.
Este estudo decorre de uma necessidade expressada pelo Air Combat Command and Air Force Special Operations Command, e visa ampliar a capacidade de fogo dos MQ-9 Reaper. “Dobrar o poder de fogo desta aeronave usando Hellfires, aumenta a letalidade e agilidade do MQ-9 durante o combate”, relata o Tenente-Coronel Chmielewski, Comandante do 556th Test and Evaluation Squadron. O uso de mísseis Hellfire permite uma resposta rápida de engajamento, principalmente em situações de combate de maior complexidade, acrescentou o Tenente-Coronel Chmielewski.
Desenvolvido pela General Atomics Aeronautical Systems (GA-ASI), o MQ-9 Reaper (ou Predator B), é um veículo aéreo não tripulado (UAV – Unmanned Aerial Vehicle) capaz de realizar operações autônomas, ou remotamente controladas, desenvolvidas de acordo com as necessidades da USAF.
O MQ-9 é o primeiro UAV de combate projetado para missões HALE (High Altitude, Long Endurance – Alta Altitude e Grande Autonomia). Em 2006, o então Chefe do Estado-Maior da USAF, General T. Michael Moseley, disse que “antes da Operação Iraqi Freedom, o uso de UAVs era principalmente em funções de inteligência, vigilância e reconhecimento, e com o Reaper atuando neste conflito, ele virou um verdadeiro caçador-assassino.”
A versão MQ-9 é maior, mais pesada e com melhor performance do que o seu antecessor, o General Atomics MQ-1 Predator, apesar de utilizar os mesmos sistemas de controle da versão mais antiga. O Reaper está equipados com um motor turboélice de 950cv (712 kW), em comparação com o motor a pistão de 115HP (86 kW) do Predator. Com maior potência, o Reaper tem capacidade de carga util 15 vezes maior que o MQ-1, com uma velocidade três vezes maior que o seu antecessor. A aeronave e os seus armamentos são monitorados e controlados por operadores na Estação de Controle de Terra (GCS – Ground Control Station). A USAF possui aproximadamente 200 MQ-9 Reapers operacionais, que deverão operar até 2030.
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