USAF soluciona problema de comunicação de dados dos F-35 em locais remotos. Recentemente um grupo de técnicos em comunicações expedicionárias da USAF, se reuniu na Base Aérea de Eielson, no Alasca, com o objetivo de encontrar a solução para um problema: oferecer meios de comunicação para que os caças de 5ª geração F-35 Lightining II pudessem transferir grandes quantidades de dados de missão, quando operando em locais remotos, como as ilhas do Pacífico.
Os F-35 são “computadores voadores” equipados com avançados recursos tecnológicos embarcados, mas que exigem conexões de datalink de alta velocidade para compartilhar grandes quantidades de informações. Quando operando nas bases da USAF, os F-35 descarregam seus dados no servidor de missão chamado AFNet (Air Force Network), fornecendo informações necessárias para o planejamento das próximas operações.
O acesso a esses servidores não existe em ilhas remotas do Pacífico, por exemplo, onde os caças de quinta geração são chamados para operar sob o conceito de Emprego de Combate Ágil (ACE).
Para atender a esse requisito, o 644th Combat Communication Squadron (644th CCS) da Base Aérea de Andersen, Guam, foi chamado para liderar o grupo de estudos para resolver esse problema. Até então, a função do Esquadrão de Comunicações de Combate era estabelecer um link de dados limitado em um ambiente expedicionário, com largura de banda necessária apenas para troca de mensagens de voz e e-mails.
Essencialmente o F-35 transporta um “data center”, e depende de uma rede de dados de alta velocidade para possa operar em seu nível máximo. Além do 644th CCS, o grupo de trabalho envolveu a Agência de Sistemas de Informação de Defesa, o 26th Network Operations Squadron (26th NOS), o 83rd NOS, o 690th NOS, o 561st NOS, além da fabricante do F-35, a Lockheed Martin.
Um desafio enfrentado foi a enorme quantidade de ilhas remotas onde os F-35 podem operar. Originalmente, os kits portáteis de comunicações expedicionárias forneciam acesso de voz e e-mail, sem conexão com a rede de combate AFNet. A solução precisava funcionar sob o conceito ACE hub-and-spoke, ou seja, configurar um nó de comunicação primário interligando vários sites remotos usando a mesma rede expedicionária. Além disto, a rede única deve atender os caças F-35 das forças armadas norte-americanas (USAF, US Navy e USMC), bem como os jatos das nações aliadas.
Para alcançar seus objetivos, inicialmente foi solicitado o aumento da largura de banda da rede de satélite. Isso permitiu executar os primeiros testes com o Autonomic Logistics Information System (ALIS), um roteador portátil projetado para ser transportado pelo próprio F-35, com capacidade de se conectar a rede AFNet por internet via satélite.
Os primeiros testes foram realizados com a instalação de terminais de comunicação via satélite em Eielson, ligados a uma antena de satélite GATR inflável de 8 pés, simulando o hub. Os sites receberam antenas parabólicas menores.
A equipe reuniu os dados, executou testes, monitorou o tempo de respostas e o fluxo de dados, garantindo que eles estavam disponíveis para os combatentes. Durante sete dias de testes, os F-35 enviaram cerca de 50 gigabytes de dados em aproximadamente 100 missões. Pela primeira vez foi possível interconectar os caças de 5ª geração à AFNet, operando em ambientes remotos.
Após isso, o Comando das Forças Aéreas do Pacífico (PACAF) empregou com sucesso a nova rede de comunicações de alta velocidade no exercício Valiant Shield , realizado no mês de junho, quando os F-35 realizaram missões hub-and-spoke na ilha de Palau, no Pacífico Sul. Agora os EUAa e as nações aliadas, estão operando seus F-35 com capacidade máxima em qualquer local do mundo.
Fonte: AFM
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