USAF quer mais Loyal Wingmans. A USAF entende que se quiser vencer a China, terá que usar todo seu arsenal e os caças atuais não serão suficientes. Será preciso dispor de centenas de drones de combate, ao estilo Alas leais (loyal wingmans).
As principais aeronaves da USAF, como o F-15C/D/E, estão envelhecendo rapidamente, e o serviço está a caminho de aposentar mais do que o dobro de caças que compra nos próximos cinco anos. Os F-22 já tem dada para sair de cena — até o fim desta década. Os F-16 C/D também estão enfrentando uma redução, que não será compensada adequadamente pelos F-35.
É por isso que a USAF entende que é vital construir e colocar em campo uma frota bem planejada de ao menos 1000 drones capazes de fazer múltiplas missões, entre elas ataque e até operar como kamikazes. Para isto, a USAF está trabalhando para reunir ideias da indústria para as chamadas aeronaves de combate colaborativas (CCA — Collaborative Combat Aircraft ), para descobrir como tornar isso uma realidade.
O secretário da Força Aérea, Frank Kendall, deixou claro que a criação de CCA é uma de suas principais prioridades, e o serviço está começando a resolver os detalhes de como incluirá alas de drones em sua frota e os usará em um conflito futuro. Em março, Kendall disse que ordenou que os planejadores do serviço assumissem que a Força Aérea teria 1.000 CCA, embora o número final pudesse diferir dessa estimativa — para até o dobro.
A Força Aérea tem planos de alienar 801 caças até 2028, repondo com apenas 345 F-35A e F-15EX. Isto preocupa. Repor a altura seria muito caro e demoraria muito. Uma solução é repor isto com CCA. A proposta orçamentária da USAF para 2024 pede dinheiro para tornar esse planejamento uma realidade.
O serviço pediu quase US$ 50 milhões para iniciar um programa chamado Project Venom, que visa refinar software autônomo que poderia pilotar CCA, e US$ 69 milhões para lançar uma Unidade de Operações Experimentais, onde os funcionários começariam a desenvolver as táticas e procedimentos para incorporar CCA em um esquadrão. O Projeto Venom será instalado em seis F-16 para voos de experiência. Isto ajudará a moldar o curso dessas futuras experiências em aeronaves industriais.
Um das perguntas mais importantes é se este CCA poderão ser uma unidade autônoma ou atuar como parte de uma unidade regular, com aeronaves pilotadas, que gerenciariam seu voo, ações e emprego. Outra questão relevante é o que a indústria pode propor. Usar conceitos novos moldados em cima do software de Inteligência Artificial ou adaptar o projeto Venon a drones já existentes como o Boeing MQ-25A GhosBat ou o Kratos XQ-58A Valkyrie? O tempo nos dirá qual o caminho será seguido.
@CAS