USAF quer aposentar todos os A-10 Warthogs até 2029. O General CQ Brown, Chefe do Estado-Maior da USAF, disse que provavelmente a aposentaria de todos os A-10 Warthogs poderá ocorrer nos próximos cinco ou seis anos. Até recentemente, a USAF e o Congresso discordavam sobre o futuro desse famoso e robusto avião de ataque.
Embora os Warthogs sejam reconhecidos por seu importante papel de apoio aéreo aproximado no Iraque e no Afeganistão nas últimas duas décadas, a USAF reconhece que as características de voo baixo e lento, deixam os A-10 vulneráveis em um conflito contra modernas defesas aéreas como, por exemplo, a chinesa.
A USAF buscou repetidamente permissão do Congresso para começar a aposentar os A-10 e, alocar o recurso em aeronaves mais novas. A solicitação foi reiteradamente rejeitada pelo Congresso, até que o orçamento fiscal de 2023 fosse aprovado.
Falando para a repórteres no AFA Warfare Symposium da Air and Space Forces Association, na última terça-feira (07/03), o General CQ Brown disse que este ano a USAF irá aposentar o primeiro lote com 21 jatos A-10, o que reduzirá a frota de 281 para 260 unidades. Os Warthogs aposentados virão de um esquadrão da Guarda Aérea Nacional em Fort Wayne, em Indiana, que fará a transição para a mesma quantidade de F-16 Fightning Falcon.
O Chefe do Estado-Maior da USAF espera que esse seja o início de uma ação contínua. “Eu diria que nos próximos cinco ou seis anos, provavelmente o A-10 estará fora do nosso estoque”, acrescentou Brown.
Em combates futuros, a USAF precisa de aeronaves que possam desempenhar várias funções, sendo a utilidade do A-10 muito limitada. “Os Comandos de Combate não têm solicitado A-10, porque ele é um avião de missão única”, disse Brown, que seguiu“o A-10 é um grande avião em um ambiente incontestável. O desafio é que estaremos em ambientes mais contestados no futuro”, afirmou.
Caças modernos como o F-35, ou os bombardeiros, são capazes de realizar missões de apoio aéreo aproximado, disse Brown. Em um futuro ambiente de combate, altamente contestado, a USAF provavelmente terá menos missões desse tipo, como ocorreu no Médio Oriente, no passado. “Tenho que me inclinar para onde está a ameaça”, disse ele.
Fonte: Defense News
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