An F-35A Lightning II assigned to the 356th Fighter Squadron takes off from the Eielson Air Force Base flightline in Alaska, June 17, 2020. The flight marked the 100th sortie for Eielson’s F-35As. (U.S. Air Force photo by Tech. Sgt. Jerilyn Quintanilla)
A secretária da Força Aérea Americana Barbara M. Barrett lançou no dia 21 de julho de 2020, a primeira Estratégia Ártica da Força Aérea que, será de fato implementada, em um evento virtual do Conselho Atlântico.
Apesar de uma longa história de operações no Ártico, a USAF nunca teve sua própria estratégia para operar na região. A Casa Branca lançou pela primeira vez uma Estratégia Nacional para o Ártico em 2013, sob o governo Obama. Essa estratégia foi atualizada em 2016 e novamente em 2019. Em sua apresentação, a Secretária Barrett enfatizou a crescente importância do Ártico em uma palestra no Simpósio de Guerra Aérea em fevereiro, chamando-o de “missão central” para a Força Aérea.
“Como no espaço, os Estados Unidos estão decididos em defender e proteger as normas internacionais de acesso e navegação, à medida que os recursos e as rotas marítimas do Ártico ganham importância. É por isso que é essencial manter fortes relações de defesa com as nações do Ártico. Estamos discutindo e ampliando este assunto com Canadá, Islândia, Noruega, Finlândia, Suécia, Groenlândia e Dinamarca”.
O lançamento ocorre apenas cerca de duas semanas após Barrett percorrer locais da USAF no Ártico, incluindo a Base Aérea de Eielson, no Alasca, que em breve abrigará os dois primeiros esquadrões de F-35A da Pacific Air Forces (PACAF). A base está localizada a cerca de 160 km ao sul do Círculo Polar Ártico e é a sede da 354th Fighter Wing (354th FW), a ala de combate mais ao norte do Departamento de Defesa. A 354th FW já recebeu seus seis primeiros F-35 este ano e até dezembro de 2021 deve completar a dotação de 54 caças previstos. OS primeiros F-35 foram destinados ao 356th Fighter Squadron, reativado em 2019. Os F-35 irão formar uma força conjunta com os F-22 (90th, 302nd e 525th FS) da base vizinha Conjunta Elmendorf-Richardson, o que fará o Estado do Alasca ter a maior concentração de caças de 5ª geração do mundo.
A ideia dos americanos é criar uma força de vigilância e pronta resposta no círculo polar ártico para contrapor a presença dos russos, que já atuam na região há décadas.
Os caças do Comando de Defesa Aeroespacial da USAF interceptaram pelo menos 10 bombardeiros russos, caças e aeronaves de patrulha marítima este ano na costa do Alasca, onde a maioria desses encontros, ocorreu em junho de 2020.
O chefe do Comando Norte dos EUA, Terrence J. O’Shaughnessy, disse que “a Rússia está testando as forças armadas dos EUA para verificar se o coronavírus criou alguma fraqueza, mas ele insistiu que os EUA continuam prontos: 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano”.
Já o Tenente-General David A. Krumm, Comandante do Comando do Alasca, disse que as ações da Rússia não surpreendem. “Se você voltar à história, a Rússia sempre operou com aviação de longo alcance em voos dentro da nossa Zona de Identificação de Defesa Aérea [ADIZ], e, estamos vendo isso como uma continuação desses esforços do passado. Nós os interceptamos quando eles entram na nossa ADIZ. Embora Rússia e China queiram evitar conflitos militares diretos, o crescente aumento destas atividades gera risco e um ambiente de ameaças mais complexo e dinâmico do que vimos desde o fim da Guerra Fria”.
Durante sua visita, Barrett também visitou a Estação da Força Aérea Clear no centro do Alasca, cujo objetivo principal é fornecer vigilância e rastreamento de mísseis balísticos intercontinentais, bem como locais ainda mais remotos como Utqiagvik (anteriormente conhecido como Barrow, Alasca) e Kotzebue, uma cidade no Noroeste do Alasca, que poderia desempenhar um papel maior nas operações da USAF.
Além de caças (F-16C/D, F-22A e F35A), a região do Alasca tem vetores de reabastecimento em voo (KC-135R), AEW&C (E-3B/C), Reconhecimento/ELINT (RC-135S/WC-135), SAR (HC-130J/HH-60G) e Transporte (C-17/C-12).
@CAS