USAF investiga “misterioso” comprador de terras ao redor da Base Aérea de Travis. A USAF está investigando uma empresa que comprou terras perto da Base Aérea de Travis, uma das bases militares mais sensíveis dos EUA. De acordo com as informações, a empresa teria investido US$ 800 milhões na aquisição das terras.
“Estamos muito, muito preocupados com isso. É tão extenso e tão secreto que é impossível obter qualquer informação sobre o que está acontecendo”, disse o deputado democrata John Garamendi, que representa a região, ao canal ABC7.
O congressista Garamendi alertou a USAF sobre o fato, que iniciou uma investigação federal. “Tenho todos os motivos do mundo para acreditar que esta terra é adjacente a Base Aérea de Travis, uma área crítica para a segurança nacional. Portanto – uma área onde operações de espionagem ou qualquer outra atividade indevida pode ocorrer … e isso pode afetar a capacidade de Travis operar em um momento de emergência nacional”, afirmou Garamendi.
Registros públicos mostram que a empresa “Flannery Associates LLC” começou a comprar terras ao redor da Base Militar em 2018. A controvérsia foi relatada pela primeira vez pelo Wall Street Journal. Os investigadores dizem que essas aquisições aumentaram em 2023. “Agora, literalmente, três lados dessa Base são totalmente controlados pelo grupo Flannery”, disse o deputado Garamendi.
No entanto, ninguém – incluindo autoridades locais, estaduais e federais – parece conseguir rastrear quem está por trás do grupo. “Quem são essas pessoas?. Onde eles conseguiram o dinheiro para pagar de cinco a dez vezes o valor normal que outros pagariam por essas terras agrícolas?”, disse Garamendi
Mesmo após oito meses de investigação, Garamendi diz que as autoridades federais ainda estão lutando para obter essas respostas. “Até hoje não sabemos de onde vêm essas pessoas”, disse Garamendi.
A repórter Stephanie Sierra, perguntou a Garamendi se há alguma razão para acreditar que a China está ligada a este grupo. “Tenho motivos para estar preocupado”, respondeu ele.
No ano passado, 300 acres de terras agrícolas foram adquiridos perto da Base Aérea de Minot, em Dakota do Norte, em uma ação que Garamendi chamou de espionagem. “Essa base é onde lançamos nossos aviões para descobrir o que está acontecendo em todo o mundo. Uma empresa na China estava adquirindo um terreno ao redor dessa base e queria construir um silo de 120 metros para observar diretamente para a movimentação na base”, afirmou o legislador.
Garamendi diz que o advogado que representa a Flannery Associates indicou que a empresa é composta por um grupo de famílias, 97% das quais são supostamente americanas, procurando diversificar seu portfólio de ações para ativos reais – incluindo terras agrícolas.
Mas o congressista está cético.
“Ouvimos estórias após estórias que não fazem o menor sentido” disse o Deputado, que ouviu dos representantes dos investidores iriam construir desde portos, plantações até empreendimentos imobiliários.
O advogado que representa a Flannery Associates enviou uma carta ao Departamento de Agricultura dos EUA, uma das várias agências que investigam o assunto. “Nenhuma pessoa ou grupo estrangeiro detém qualquer interesse significativo ou controle substancial sobre Flannery, agora ou no momento de qualquer compra de terras feita por Flannery”, disse a carta, acrescentando que empresa “não comenta seus investimentos”.
“Eu não sei, não faz sentido… É o segredo… Por que você está fazendo isso em segredo? Se você não é uma operação nefasta, por que você está mantendo isso em segredo?” salienta Garamendi, que afirmou que a Flannery Associates também adquiriu terras ao redor do sistema de rede elétrica interestadual que se origina do rio Columbia na Califórnia central – incluindo terras que abrigam turbinas eólicas que fornecem energia significativa ao norte da Califórnia.
Enquanto isso, Garamendi diz que a empresa continua a impactar negativamente a comunidade agrícola no condado de Solano. Ele diz que pelo menos 10 proprietários de terras estão sendo processados pela Flannery, acusado de envolvimento em um esquema ilegal para impedir que a empresa compre suas terras.
Fonte: ABC7
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