Segundo o Departamento de Estado Americano (US DoD), os gastos combinados da USAF com Ground Based Strategic Deterrent (GBSD) e o com o novo bombardeiro B-21 Rider, ambos da Northrop devem triplicar até 2027, chegando a cerca de US$ 10,2 bilhões anuais, conforme a produção começa a aumentar em ambos os programas. A estimativa é do Cowen Washington Research Group .
A análise de Cowen observa que, embora o anúncio do contrato não explique se o LRIP está incluído, pode ser assumido. Isso ocorre porque os documentos de justificativa do orçamento da Força Aérea detalham planos para “cinco anos opcionais” sob o contrato para incluir “produção e implantação antecipadas”, explica o autor Roman Schweizer.
O GBSD, que substituirá os antigos mísseis balísticos MGM-30G Minuteman III operacionais desde 1970, representa um terço dos esforços de modernização nuclear de alta prioridade do DoD. A terceira etapa do programa de modernização é a compra planejada pela Marinha de 12 novos submarinos de lançamento de armas nucleares da classe Columbia, cujos documentos orçamentários de 2021 do Pentágono estima um custo de US$ 110 bilhões para sua comprar. Só o contrato assinado entre a USAF e a Northrop, em 8 de setembro de 2020, referente ao GBSD é de US$ 13 bilhões e cobre a fabricação e desenvolvimento dos novos ICBMs até 2029.
A Northrop Grumman foi a única licitante para o programa GBSD, após a desistência da Boeing em 2019, devido às preocupações sobre a aquisição pela Northrop Grumman de um dos dois fabricantes de motores de foguetes sólidos no país, Orbital ATK.
Cowen estima que os gastos com pesquisa e desenvolvimento para GBSD saltarão de US$ 1,5 bilhão em 2021, chegando a US$ 3,07 bilhões em 2024 e diminuindo para US$ 1,9 bilhão em 2027. A produção, diz a análise, começará em 2027 com um orçamento de US$ 2 bilhões. O comunicado de imprensa da USAF e, 8 de setembro informa que a expectativa é começar a implantar o GBSD no final de 2020.
Para o B-21, a análise estima que os gastos com desenvolvimento de produção cairão constantemente de US $ 2,8 bilhões no pedido da Força Aérea de 2021 para US$ 1,2 bilhão em 2027. Mas os custos de produção, segundo a análise, irão aumentar: de US$ 202 milhões em 2022 para US$ 4 bilhões em 2027.
O Escritório de Orçamento do Congresso em 2019 estimou o preço do esforço total de modernização da tríade nuclear (ar, mar e terra) do US DoD em US$ 234 bilhões até 2028. Este preço gigantesco não inclui os gastos do Departamento de Energia para construir as ogivas nucleares que seriam transportadas por ICBMs, bombardeiros e submarinos.