USAF fará novo teste de lançamento do míssil hipersônico ARRW em julho. A USAF deverá realizar um segundo teste de lançamento em voo do míssil hipersônico AGM-183A ARRW (Air-lauched Rapid Response Weapon). A informação foi tornada pública em 03 de junho, pelo General Timothy M. Ray, Chefe do Air Force Global Strike Command (AFGSC), em um evento virtual do Mitchell Institute for Aerospace Studies.
Uma tentativa de lançar o ARRW foi realizada em 5 de abril, mas o míssil não desacoplou do B-52H Stratofortress. Apesar de não completar a sequência de lançamento, o teste foi considerado útil para a coleta de dados.
No final de dezembro, outra falha no ARRW foi atribuída como sendo causada por um “erro estúpido”, segundo relatou a Air Force Magazine. Conforme o relatório, um técnico não teria cumprido um check list, causando a fixação incorreta de uma superfície de controle do míssil. Michael White, Chefe do programa de mísseis do Pentágono, teria confirmado a veracidade desse relatório, e teria reclamado que “falhas simples e recorrentes não são mais aceitáveis”.
Conforme o General Ray, o ARRW é importante para que a necessários para que a força de bombardeiros dos EUA “multiplique os problemas para os inimigos“. O orçamento FY2022 da USAF, aumenta em US$52 milhões o financiamento para o desenvolvimento de armas hipersônicas em comparação ao FY2021, além de incluir a prototipagem dos sistemas ARRW, Southern Cross Integrated Flight Research Experiment (SCIFIRE) e Hypersonic Attack Cruise Missile (HACM).
Lançados à partir de bombardeiros em qualquer lugar do mundo, os mísseis hipersônicos poderão atingir os alvos “muito mais rápido do que acho que nossos adversários gostariam que fizéssemos”, disse o General Ray. Conectar a velocidade do míssil hipersônico à inerente flexibilidade, alcance, velocidade e carga útil dos bombardeiros, multiplica o número de alvos que serão alcançados.
As unidades de bombardeiros já estão praticando o processo de seleção de alvos de armas hipersônicas, como aconteceu recentemente com um B-52 conduzindo tal experimento durante o exercício Northern Edge, no Alasca.
O General de Divisão Andrew J. Gebara, Diretor de Planejamento Estratégico, Programas e Requisitos da AFGSC, disse no Simpósio de Guerra Aérea virtual da Air Force Academy, em fevereiro, que o B-52 será capaz de transportar até quatro ARRW, mas poderia transportar 20 HACM, “ou mais, com uma modificação nos pylons”.