O Comando de Ataque Global da USAF (AFGSC), informou em 17 de fevereiro a desativação do primeiro bombardeiro Rockwell B-1B Lancer, de um total de 17 aeronaves programadas para serem aposentadas neste ano fiscal, cumprindo o plano de desinvestimento aprovado pelo Congresso.
A aeronave, matrícula AF 85-0066 (c/n 26), operada pelo 37th Bomb Squadron, da Base Aérea de Ellsworth (EL), teve suas marcas removidas antes de realizar o seu último voo, diretamente para o 309th Aircraft Maintenance and Regeneration Group, também conhecido como “boneyard” (cemitério), na Base Aérea Davis-Monthan, Arizona.
“Este processo programado não afetará a letalidade do nosso serviço, e poderemos direcionar a mão de obra em nível de parque nas aeronaves remanescentes, aumentando a prontidão e pavimentando o caminho para a modernização da frota de bombardeiros”, disse o AFGSC em um comunicado à imprensa.
Nem todos 17 Lancer desativados irão para o “cemitério” do 309th AMARG. Estima-se que uma aeronave deve ser enviada para a Base Aérea de Edwards, na Califórnia, onde será utilizada em testes, outro deverá ir para o Complexo Logístico da USAF, na Base Aérea de Tinker, em Oklahoma City, e um terceiro poderá ser encaminhado para a Universidade Estadual de Wichita, no Kansas. Alguns exemplares poderão se tornar monumentos (gate guardian) em unidades militares não divulgadas.
Quatro B-1B serão preservados em “armazenamento para recall”, com todas entradas e motores selados, sistemas e fuselagem protegidos contra umidade. Essas aeronaves serão mantidas por tempo não informado, em caso de necessidade de reincorporação. Os exemplares restantes que seguirão para o 309th AMARG, servirão como fonte de peças para a frota operacional.
Atualmente a USAF está realizando testes de fadiga estrutural de longo prazo, usando uma fuselagem e asas de um B-1, nas instalações da Boeing, em Wash, próximo a Seattle. Esses testes ajudarão os engenheiros a antecipar possíveis falhas estruturais na frota restante. Estima-se que cada aeronave custará entre US$ 10 e US $ 30 milhões, para que se mantenha voando até o final da sua vida útil.
Conforme o General Timothy M. Ray, Comandante do AFGSC, a USAF acelerou a desativação dos B-1B por conta do desgaste excessivo, principalmente observado nas últimas duas décadas, o que tem aumentado muito os custos para mantê-los voando. Ainda conforme o General Ray, a aposentadoria dos Lancer, abrirá caminho para os novos bombardeiros stealth B-21.
Após a processo de reestruturação, a frota operacional de bombardeiros estratégicos Rockwell B-1B Lancer da USAF, estará composta por 45 aviões, divididos entre os esquadrões das Bases Aéreas de Ellsworth (EL), Dakota do Sul, e Dyess (DY), no Texas.
@FFO