USAF e as mudanças nas missões TAA/CAA. Com a saída do Afeganistão, parece que a USAF reduziu muito suas atividades para nações amigas, especialmente nas missões de Train, Advise and Assist (TAA) e Combat Air Advisor (CAA). Com a dinâmica de mudança no cenário geopolítico mundial, provavelmente essas atividades da USAF passarão por alterações no futuro próximo.
Os quadros do CAA são formados por experientes militares da USAF e funcionários militares e civis dos EUA, que servem em destacamentos para fornecer suporte TAA (Treinamento, Assessoria e Assistência), além de realizar suprimentos e avaliações. Atualmente a USAF tem três unidades CAA, o 81st Fighter Squadron, em Moody AFB, o 6th Special Operations Squadron e od 711th Special Operations Squadron, ambos nas bases aéreas de Duke Field e Eglin AFB, que serve como aeródromo auxiliar.
Originalmente formadas para conter a Contrainsurgência (COIN), essas unidades da USAF fornecem treinamento formal para militares de nações amigas por meio de treinamento e suporte operacional, principalmente no uso de combate aéreo personalizado. Isso inclui Apoio Aéreo Aproximado (CAS), Inteligência, Vigilância, Reconhecimento (ISR) e a capacidade de transporte aéreo de tropas militares e suprimentos dentro e fora de áreas de conflitos.
Aeronaves Cessna 208, M-28 Skytrucks, AT-802 Sky Warden/Longsword, A-29 Super Tucano e AT-6 Wolverine, por exemplo, fazem parte dos esquadrões acima, ou são enviadas pelos EUA para países aliados, e compõem o inventário da USAF. Em alguns casos, são arrendados e operam com matrículas civis.
Embora as operações COIN sejam principalmente apoiada por unidades do Comando de Operações Especiais da USAF (AFSOC), também existem unidades convencionais do Comando de Combate Aéreo (ACC) e do Comando de Educação e Treinamento Aéreo (AETC) da USAF, encarregadas de treinar unidades para missões do TAA.
Além do 81st Fighter Squadron, que até recentemente só se concentrava em aeronaves turboélices de ataque leve, o 428th Fighter Squadron, parte da 366th Fighter Wing de Mountain Home AFB, atualmente opera caças F-15SG Strike Eagle da Força Aérea da República de Singapura (RSAF).
A 162nd Fighter Wing da Guarda Aérea Nacional do Arizona, sediada em Tucson, no Arizona, tem tradição de receber caças F-16 de países aliados, como ocorreu com os pilotos do Iraque que receberam treinamento em Tucson. Outro exemplo é o 21st Fighter Squadron da RSAF, equipado com F-16, tem como sede a Base Aérea de Luke, no Arizona, EUA.
Nas últimas quatro décadas, as experiências CAA da USAF com o Iraque, Afeganistão, Filipinas, Colômbia, Nigéria, Líbano e outros países, mostram que o compromisso político e a imersão no nesses ambientes, são atributos necessários para atuações em regiões instáveis e adversas.
Apesar de passar por uma fase de incertezas, as missões TAA e CAA da USAF não devem ser encerradas tão facilmente. As experiências adquiridas nesses campos são importantes para uma prontidão no mundo que está mudando rapidamente, especialmente no caso de novos cenários de tensão, como o China e Rússia.
Uma recente reportagem da revista Time, revelou que militares da Força Aérea da Ucrânia estão prestes a receber treinamento em território norte-americano para operar os jatos A-10 Thunderbolt II. Isto vem ao encontro com a proposta da USAF para desativar parte dos seus A-10.
Parece natural que seja apenas uma questão de tempo para ver esses jatos operando em território ucraniano. Especialistas acreditam que um esquadrão regular, como o 81st Fighter Squadron, que no passado já operou A-10, poderia ser encarregado de fornecer treinamento TAA/CAA para os ucranianos enfrentarem as forças invasoras russas.
Fonte: Scramble Magazine
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