A USAF e a Northrop Grumman assinaram um contrato de US$4,8 bilhões, do tipo “entrega e quantidade indefinida”, ou IDIQ (Indefinite-Delivery/Indefinite-Quantity), visando a frota de aeronaves de vigilância não tripulada RQ-4 Global Hawk.
O contrato tem por objetivo o desenvolvimento, modernização, retrofit e manutenção para todas as versões dos drones Global Hawk. O Centro de Gerenciamento do Ciclo de Vida da Força Aérea (AFLCMC – Air Force Life Cycle Management Center), da Base Aérea de Wright-Patterson, Ohio, é a unidade principal envolvida na contratação.
O contrato engloba uma vasta gama de segmentos, que vão desde gestão (áreas programáticas, comerciais e técnicas); engenharia (configuração, gerenciamento de dados, confiabilidade, disponibilidade, manutenção, atualizações, produção); desenvolvimento e estudos de novas tecnologias, testes e avaliações; gerência das linhas produção; áreas de treinamento; suporte a operações no exterior; gestão de TI com segurança cibernética e de informações; modificação e renovação de instalações; suporte logístico; gestão de qualidade, entre outros. Com prazo de encerramento em 30 de setembro de 2030, o contrato oferece ampla flexibilidade para acomodar todas áreas de atividades associadas ao programa Global Hawk.
O RQ-4 Global Hawk é um UAV (Unmanned Aerial Vehicle), do tipo HALE (High Altitude-Long Endurance), equipado com um conjunto de sensores integrados para missões de vigilância e reconhecimento (ISR – Intelligence, Surveillance and Reconnaissance), com alcance global e capacitado para operações 24 horas em condições climáticas adversas.
A missão principal do Global Hawk é coletar um amplo espectro de informações em apoio às forças de paz ou tropas em combate por todo o mundo. Para tal, dispõem de sensores de inteligência de imagem (IMINT – Imagery Intelligence), inteligência de sinais (SIGINT – Signals Intelligence) e indicador de alvo móvel (MTI – Moving Target Indicator), e capacidade de transmissão em tempo real para estações em solo. Em missões humanitárias, os RQ-4 realizam operações de busca e resgate (SAR) e HADR (Humanitarian Assistance and Disaster Relief).
A USAF é a principal operadora do Global Hawk, distribuídos em três blocos distintos, sendo as primeiras aeronaves do Block 10, adquiridas em 2011; o Block 20 possui capacidades IMINT, com alguns convertidos para versão EQ-4, equipados com suíte de comunicações táticas (BACN); o Block 30 é uma plataforma de inteligência múltipla com sensores eletro-ópticos, infravermelhos, radar de abertura sintética (SAR) e SIGINT de banda alta e baixa; e finalmente o Block 40 é equipado com radar ativo RTIP (Radar Technology Insertion Program), para missões MTI e SAR.
O UAV Global Hawk também é operado pela Força Aérea da República da Coréia do Sul (RoKAF – Republic of Korea Air Force), pela OTAN (designado como RQ-4D Phoenix) e pela NASA, além de ter encomendas da Koku-Jieitai, ou Força de Autodefesa Aérea do Japão (JASDF – Japanese Air Self-Defense Force). A U.S. Navy tem a sua própria versão do Global Hawk, desenvolvida para missões de vigilância marítima, chamada MQ-4C Triton.
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