USAF deve aposentar metade dos seus F-15E Strike Eagle. A USAF pretende reduzir pela metade a sua frota de caças F-15E Strike Eagle, de acordo com um relatório recente. A informação é que até o ano fiscal de 2028, serão desativados 119 dos atuais 218 Strike Eagle.
De acordo com The War Zone, o lote de 119 F-15E elegíveis para corte são os mais antigos (introduzidos a partir de 1988) e que estão equipados com motores Pratt & Whitney F100-PW-220E de 23.500 libras de empuxo cada, ou seja, menos potentes que os P&W F100-PW-229 de 29 mil libras, que equipam os 99 jatos restantes.
Esse corte ocorrerá mesmo que os F-15E estejam entre os jatos táticos mais importantes da USAF, especialmente pela combinação de excelente desempenho, grande alcance (com dois tanques conformais auxiliares) e alta capacidade de carga útil.
Além de ter uma grande capacidade de carga útil, os F-15E podem utilizar a maioria das munições lançadas do ar, desde armas de precisão e stand-off, incluindo a nova bomba de gravidade nuclear B61-12. Ele também tem espaço sob suas asas e fuselagem para transportar munições enormes e pode ser uma plataforma para futuros mísseis hipersônicos e outras novas armas.
Os F-15E também possuem importantes sensores e recursos de autoproteção, instalados através de um programa de atualização em andamento, que envolve modernos radares eletrônicos AESA AN/APG-82(V)1 de alta capacidade. Além disso, os jatos estão recebendo o Sistema Eagle Passivo/Ativo de Alerta e Sobrevivência (EPAWSS) de defesa massiva, que também fornecerá consciência situacional e a ampliação da capacidade de ataque eletrônico.
Ao longo da sua vida útil, os F-15Es da USAF demonstraram as suas capacidades em combates em locais como Afeganistão, Iraque , Síria e Líbia, além da cobertura da retirada final das forças dos EUA do Afeganistão em 2021.
A USAF tem mantido um dos seis esquadrões Strike Eagle implantado no Oriente Médio, especialmente para proteção aérea contra ataques às forças dos EUA na Síria e seus parceiros. Neste cenário ativo, os F-15E engajaram forças terrestres hostis e derrubaram drones iranianos durante várias operações naquele país.
O Comando da USAF tem trabalhando nos bastidores, especialmente junto ao Congresso dos EUA, para conseguir aposentar boa parte da sua frota de aeronaves mais antigas, que incluem entre elas os F-15C/D Eagles (conhecidos como “legados”), os jatos de ataques A-10 Warthog, os quadrimotores de alerta aérea antecipado E-3 AWACS, entre outros. O objetivo é liberar orçamento para investimento em futuros projetos da Força.
Recentemente o Secretário da USAF, Frank Kendall, revelou planos de aquisição de mais de duas centenas de jatos de combate NGAD (Next Generation Air Dominance ), pensando na aposentadoria total dos F-22 Raptor, além de uma frota de cerca de 1.000 Aeronaves de Combate Colaborativas (CCA), ou drones de combate capazes de atuar em conjunto com aeronaves tripuladas.
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