Artist concept of a Boeing F-15EX flying in formation with four Boeing Airpower Teaming System (ATS) aircraft. Also known as the Loyal Wingman project, the modular aircraft are being developed in partnership with Australia, and are expected to fly missions independently using artificial intelligence. Boeing illustration
USAF de olho no drone MQ-28 Ghost Bat australiano para o NGAD. Recentemente, o secretário da USAF, Frank Kendall, indicou que o Boeing MQ-28 Ghost Bat, drone de combate (UCAV) fabricado na Austrália, poderia ser incluído na família de sistemas Next Generation Air Dominance (NGAD). Citando a superioridade tecnológica da China e os atos agressivos na região, Kendall também disse que os EUA podem estar dispostos a cooperar com a Austrália na capacidade de ataque de longo alcance.
Em uma entrevista ao Breaking Defense, Kendall disse que os Estados Unidos e a Austrália estão em negociações iniciais sobre o MQ-28 Ghost Bat, como um mecanismo de redução de risco para a capacidade de drones do NGAD.
“Acho que há muito interesse mútuo em trabalharmos juntos. E vamos resolver os detalhes nas próximas semanas”, disse Kendall após se reunir em 22 de agosto, com o recém-nomeado Comandante da Força Aérea Real Autraliana (RAAF), o Marechal do Ar Robert Chipman.
A Austrália e os Estados Unidos, ao lado do Reino Unido, aprofundaram sua relação de defesa em 2021, quando o presidente Joe Biden anunciou a parceria “AUKUS” para compartilhar tecnologia militar, começando com submarinos movidos a energia nuclear.
De acordo com Kendall e o Marechal Chipman, essa ampliação na área da defesa vem depois de ações agressivas da China, particularmente de uma perigosa interceptação de caças J-16 chineses contra uma aeronave P-8 de vigilância marítima da RAAF sobre o Mar da China Meridional. Conforme noticiamos na ocasião, o piloto chinês liberou uma carga de dispositivos chaff & flare na frente do P-8, cujos detritos de alumínio foram sugados pelos motores do jato australiano, que teve seu exterior danificado.
O Comandante da RAAF afirmou que as agressões da China não impediria as aeronaves militares australianas de sobrevoar o espaço aéreo internacional. Por sua vez, Kendall disse que há uma corrida pela superioridade tecnológica militar com os chineses.
Por outro lado, a China acredita que o espaço aéreo sobre o Estreito de Taiwan é seu território soberano, além de faixas de espaço aéreo sobre os mares do sul e leste da China, onde reivindica águas em disputas territoriais com as Filipinas e o Vietnã.
O secretário da USAF, disse que a militarização da do Mar do Sul da China tem implicações para a segurança nacional australiana. A China também assinou um acordo militar com as Ilhas Salomão, vizinhas da Austrália, o que criou um novo dilema estratégico para o aliado dos EUA.
Falando em Canberra, Kendall sinalizou que os Estados Unidos estariam dispostos a cooperar com a Austrália, caso ela necessitasse de uma capacidade de ataque de longo alcance. Cabe ressaltar que a USAF recentemente implantou seus bombardeiros B-2 na Base Aérea da RAAF em Amberley, para uma missão de força-tarefa de bombardeiros.
Fonte: AFM
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