USAF adia 1º voo do B-21 Raider para 2023. Sem explicação direta a USAF informou que o primeiro voo do bombardeiro Northrop Grumman B-21 Rider não ocorrerá até o próximo ano, como originalmente previsto. O cronograma estabelecido anteriormente, foi adiado em pelo menos seis meses, o que denota que o projeto — prioridade para a USAF, não está pronto para o primeiro voo.
“Recentemente, a Força Aérea publicou uma nova estimativa para o primeiro voo. Ela foi projetada para o próximo ano, 2023”, disse uma porta-voz da USAF. Ele disse que a Força Aérea está tentando ser o mais “transparente” possível sobre o projeto e “essa estimativa reflete o estado atual do programa”. Ele não atribuiu o atraso a nenhuma causa em particular, embora fique implícito que fatores importantes obrigaram ao seu adiamento. Muitos outros programas de alto nível, como o treinador T-7A da Boeing, relataram recentemente atrasos devido a problemas na cadeia de suprimentos e escassez de mão de obra, fruto da pandemia de COVID-19.
O diretor do Escritório de Capacidades Rápidas, Randall Walden, estimou no início de 2021 que o B-21 voaria em “meados de 2022”, e em março afirmou que o primeiro exemplar foi montado e submetido a testes, que precederiam os testes de táxi e o primeiro voo, mas não deu um calendário.
Fontes da USAF e da indústria dizem que os militares provavelmente apresentariam o primeiro B-21 em 2022, já que o avião terá que deixar a fábrica da Northrop Grumman em Palmdale, Califórnia, para vários testes que devem ser feitos em Nellis AFB.
Enquanto será transparente com o Congresso e o público sobre o bombardeiro B-21, a USAF alega que está “protegendo informações confidenciais do programa da exploração do adversário” sendo limitada nos detalhes que pode fornecer.
Walden afirmou em março que o programa não foi significativamente afetado por problemas na cadeia de suprimentos, levantando a possibilidade de que uma anomalia de teste possa ter sido descoberta. Membros dos Comitês de Serviços Armados da Câmara e do Senado recentemente elogiaram o B-21 como bem administrado e uma aquisição modelo. O senador Tom Cotton disse recentemente que é um “programa primorosamente administrado”.
A USAF planeja gastar cerca de US$ 20 bilhões na produção do B-21 nos próximos anos, no plano de defesa, que vai do ano fiscal de 2023 ao ano fiscal de 2027, e outros US$ 12 bilhões em pesquisa e desenvolvimento do programa durante o mesmo período, representando um total de US$ 32 bilhões com o programa de defesa nos próximos anos. O B-21 sucederá aos bombardeiros B-1B e B-2 atualmente em serviço, mas as datas exatas dessas mudanças foram adiadas nos últimos anos.
Há três anos, o plano era que o B-2 e o B-1 se aposentassem em 2031 e 2032, respectivamente. Mas Nahom disse ao HASC que essas datas dependem do progresso do B-21 e prometeu que não serão retirados até que os B-21 entrem em serviço.
Siga-nos no Twitter @RFA_digital
@CAS