USAF: 18th AGRS sediado no Alasca é redesignado 18th FIS. O 18th Aggressor Squadron (18thAGRS) baseado na Base Aérea de Eielson, perto de Fairbanks, Alasca, foi redesignado 18th Fighter Interceptor Squadron (18th FIS). Esta é uma mudança importante e, pela primeira vez, a USAF volta a usar a designação FIS, criada nos anos 1950 e extinta com o fim da Guerra Fria.
A mudança sublinha a transformação da situação de segurança tanto no Árctico como no Pacífico, bem como as prioridades da USAF na região. A unidade permanece subordinada a 354th Fighter Wing (354th FW) Em um comunicado da USAF declara:
“A 354th Fighter Wing redesignou o 18th AGRS como o 18th em 2 de fevereiro de 2024, na Base Aérea de Eielson, Alasca. A redesignação permite que a 18th FIS tenha como sua principal missão de combate o controle aeroespacial para missões de defesa interna no Teatro de Operações do Alasca”.
FIS, que denota uma unidade dedicada à defesa aérea, faz algum sentido para a unidade, uma vez que assumiu um papel cada vez mais ativo na defesa aérea, à medida que se tornou cada vez mais comum que os seus F-16C/D passassem a interceptar aeronaves russas que se aproximavam da costa do Alasca.
O 18th FS, agora 18th FIS era uma das unidades de F-16 que ostentam camuflagens agressoras, imitando caças russos e chineses, assim como o 64th AGRS de Nellis AFB. A mudança de denominação alterará as cores da unidade do Alasca. Ao menos é o que denota a cerimônia de ativação do 18th FIS, onde um F-16C Bloco 30 já com tail code “AK” (AF 86-0338) já aparece em dois tons de cinza.
Esta é mais uma indicação da nova missão do esquadrão focada na defesa aérea. Não está claro se eles ainda manterão Vipers com esquemas agressores no futuro e nem se realizarão mais esta missão.
Quanto a quem fornecerá serviços de agressor para a enorme massa de caças furtivos que vivem no Alasca — um total de quatro esquadrões, dois com F-22 e dois com F-35A não está claro. Essas unidades podem gerar seus próprios adversários organicamente, mas não eficientemente em termos de custo de horas de voo e custo de vida útil da fuselagem.
Há também grandes exercícios realizados no Alasca, como o Red Flag Alaska e o Northern Edge, que sempre desfrutavam dos serviços do 18th AGRS. O 65th AGRS foi restabelecido em Nellis voando F-35 e o 64º AGRS foi ampliado nos últimos anos. Estas unidades poderiam compensar a perda de capacidade agressora no Alasca com missões deslocadas.
A redesignação ativada em 18/03 é certamente um sinal dos tempos, mostrando a preocupação com a defesa aérea, digna da guerra fria. Os F-22 Raptors estão sendo atualizados. Com apenas cerca de 180 exemplares disponíveis e 32 sendo aeronaves de bloco mais antigas, isso deixa menos de 150 em serviço para operações de linha de frente. Cerca de 120 F-22 são, na verdade, codificados para combate a qualquer momento e com uma taxa de capacidade de missão de cerca de 50%, deixando cerca de metade desse número de jatos totalmente prontos para voar em perigo a qualquer momento.
Os F-35 também são “ponta da lança” do componente aéreo tático da USAF, em especial, de Eielson. Portanto, parece benéfico tornar a 18th AGRS um FIS para ter uma melhor relação custo-benefício para a região, em termos de defesa aérea e resposta rápida. Não está claro se esses F-16C/D ficarão alerta (QRA) nas pistas avançadas ao redor do Alasca, como os F-22 o fazem regularmente, ou se até, eles substituirão parte dos F-22, visando “economizar os Raptors”.
O fato é que o 18th FIS é até agora é a única unidade da USAF a voltar a ter esta designação. Será interessante ver se isso continuará assim, ou faz parte de um plano que será estendido para outras unidades no futuro. É provável que sim, pois se fosse só para reforçar a defesa aérea do Alasca, ele poderia ter sido apenas redesignado 18th FS e não 18th FIS.
@CAS