US Navy desiste de converter um E-3D Sentry em plataforma de treinamento TE-6B Mercury. A Marinha dos Estados Unidos (US Navy) cancelou o projeto de conversão de um antigo E-3D Sentry, comprado da Royal Air Force, em uma aeronave de treinamento dedicada para a frota E-6B Mercury. O objetivo era reduzir o desgaste dos E-6B da frota operacional em voos de treinamento de rotina.
O Boeing E-3D Sentry AEW ex-RAF ZH104, chegou em janeiro de 2020 ao Centro de Manutenção e Modificação da Northrop Grumman, em Lake Charles, Louisiana (EUA), onde foi armazenada para aguardar a assinatura do contrato de compra pela US Navy, o que ocorreu em junho de 2021.
Em outubro de 2022, o Comando de Aviação Naval da USN (NAVAIR) divulgou imagens do início da conversão do Sentry em plataforma de treinamento em voo para tripulantes de E-6B Mercury, designada TE-6B e matriculada com o BuNo 170508. Os voos de testes estavam programados para começar no início de 2024, o que nunca ocorreu.
Recentemente, em 27 de maio de 2025, foi divulgada a informação oficial de que o Comando de Sistemas Aéreos Navais (NAVAIR) concedeu um contrato de US$ 2,98 milhões para a Northrop Grumman desmontar o E-3D BuNo 170508, destinando seus componentes reutilizáveis para a frota E-6B operacional e o restante será descartado. Isto colocou fim ao projeto de conversão único TE-6B da US Navy.
Quando lançou o projeto do TE-6B, o NAVAIR estimava que ele ajudaria a reduzir anualmente cerca de 600 horas de voo e aproximadamente 2.400 ciclos (pousos e decolagens) em missões de treinamento de tripulantes. Isto aliviaria a pressão sobre a envelhecida frota de 16 Boeing E-6B Mercury em serviço desde o final da década de 1980 e que futuramente serão substituídos por novos E-130J Super Hércules TACAMO.
Apelidados de “Doomsday”, os E-6B Mercury fazem parte do sistema nuclear de Comando, Controle e Comunicações (C3 – Command Control & Communications). Eles atuam nas missões conhecidas como TACAMO (Take Charge And Move Out), fornecendo links de comunicação entre a Autoridade de Comando Nacional (NCA) e as Forças Estratégicas, que atuam no comando da frota submarinos de mísseis balísticos. Os E-6B também podem controlar remotamente os mísseis intercontinentais Minuteman (ICBM).
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