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Uruguai vendeu o polêmico jato presidencial

16 de outubro de 2020
O HS-125, FAU 500, em missão aeromédica em Porto Alegre, em 12 de junho de 2018 (Foto: Fábio Fonseca).

O Governo Uruguaio finalmente conseguiu se desfazer do jato executivo BAe 125-700A, que causou tanta polêmica na aquisição.

No final de 2017, o Governo do Presidente Tabaré Vázquez, comprou o BAe 125-700A, matrícula CX-CIB (c/n 257071), fabricado em 1979, por pouco mais de US$ 1 milhão. A aquisição foi alegada pelas necessidades do governo de ter uma aeronave para transporte executivo e, principalmente, remoções médico/humanitárias. Mesmo sob protestos de políticos da oposição, e argumentos contrários a escolha por especialistas no assunto, o Ministério da Defesa adquiriu o jato. Em março de 2018, ele foi oficialmente comissionado para a Força Aérea Uruguaia (FAU), onde recebeu a designação militar C-29 e a matrícula FAU 500.

Especialistas em aviação chamavam a atenção para a idade avançada da célula escolhida, cuja vida útil estava chegando ao limite, e mantê-lo voando seria oneroso para os cofres públicos. Ademais, as alegadas missões sanitárias necessitavam de instalação de equipamentos médicos e adaptações internas, inclusive para que uma maca especial, pudesse acessar o avião pela porta de passageiros. Em resumo, o avião era caro, antigo e não servia para atender a uma das missões alegadas.

Em 24 de janeiro de 2017, o Jornal El Observador, trouxe extenso artigo sobre o HS-125 CX-CIB, que meses depois foi comprado pelo governo uruguaio e virou o FAU 500 (Foto: El Observador).

A escolha da matrícula militar (FAU 500) chamou a atenção de pesquisadores, pois é exatamente a mesma usada em um  Gates Learjet 35A, adquirido em 1981, e repassado para a FAU nas mesmas condições do HS-125, ou seja, “goela abaixo”. Em 1988, a maioria dos partidos políticos se uniu e solicitou a venda do Learjet, por se tratar de “uma memória da ditadura”.

O Ministério da Defesa informou que nesses pouco mais de dois anos de uso, aproximadamente US$ 1,6 milhão foram gastos na operação e manutenção do C-29. A venda desta polêmica aeronave foi um dos pontos na campanha presidencial uruguaia de 2019. O então candidato e atual presidente, Luis Alberto Lacalle Pou, se comprometeu a vendê-lo assim que assumisse o governo. Lacalle Pou tomou posse em março e imediatamente colocou o HS-125 à venda pelo valor mínimo de US$ 350 mil. O leilão foi organizado pelo Ministério da Defesa, e ocorreu em 15 de julho, mas não houve interessados.

Finalmente nesta quinta-feira (15/10), na segunda oferta pública, o FAU 500 foi disputado por dois interessados, e vendido na Associação Nacional de Leiloeiros, em Montevidéu, por US$ 180 mil, um valor quase seis vezes menor do que foi adquirido no final de 2017. O novo proprietário é um empresário argentino, cujo nome não foi revelado.

O ministro da Defesa Uruguaio, Javier García, comentou em sua conta no Twitter a venda da aeronave. “O avião presidencial foi leiloado de forma pública e transparente por US$ 180 mil. Foi comprado por um absolutamente desproporcional. O Uruguai é um país austero. O gosto dos governantes não deve ser feito com dinheiro público”, enfatizou García.

@FFO

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