

Uruguai não deixará de comprar sistemas de defesa de Israel. O Ministério da Defesa do Uruguai não irá deixar de adquirir sistemas e defesa fabricados em Israel, independente da pressão internacional para boicotar a indústria israelense.
“O Uruguai não tem inimigos. Portanto, na hora de comprar equipamentos, compraremos de quem nos oferecer o melhor preço e qualidade. Temos, por exemplo, equipamentos chineses, americanos, israelenses e até espanhóis. Seria um erro comprar de somente um fornecedor”, respondeu à ministra da Defesa uruguaia, Sandra Lazo, a perguntas de um jornalista local — conhecido por sua animosidade contra o governo israelense.
A declaração foi feita em uma entrevista coletiva, após ela receber o contingente de parte das tropas uruguaias estacionadas no Congo, na Missão das Nações unidades para Estabilização da República Democrática do Congo (MONUSCO), acompanhado pelo Comandante da Força, General de Exército do Brasil Ulisses Mesquita Gomes.
Embora a jornalista tenha insistido no assunto, destacando, por exemplo, a posição da Espanha de não adquirir, por enquanto, mais suprimentos militares de Israel, após decisão de seu governo socialista, a ministra não recuou de sua posição. “Essas não são as definições do nosso Estado, nem das nossas políticas de defesa, nem da nossa política externa, que neste caso andam de mãos dadas, e temos isso muito claro”, afirmou a Sra. Lazo.
Questionada novamente pelo mesmo jornalista sobre ter recebido, há poucos dias, o embaixador israelense e o adido de defesa, a ministra respondeu claramente que receberia representantes diplomáticos de qualquer país que tivesse relações com o Uruguai:
“O povo israelense e o povo palestino são irmãos. Além disso, em breve receberei o embaixador da Turquia e, em seguida, o embaixador da Armênia, ambos países que mantêm disputas entre si. O Uruguai não mantém conflitos com ninguém”.
Texto Javier Bonilla.
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