Nesta terça-feira – 08 de setembro de 2020, o Ministro da Defesa Nacional do Uruguai, Javier García, anunciou no Parlamento da Câmara dos Deputados, um acordo com o governo espanhol para a aquisição de dois aviões Hercules C-130H, peças de reposição e equipamentos, a um custo de €22 milhões de euros.
O Ministro Uruguaio falou aos parlamentares sobre a importância da compra dos aviões, que estão sendo adquiridos em momento favorável, quando a Espanha está substituindo as suas aeronaves. Ele informou que o governo anterior estudava o arrendamento de uma única aeronave, o que seria uma decisão mais onerosa aos cofres públicos. Explicou ainda que as aeronaves espanholas são da década de 1980, mais modernos que os uruguaios, e com vida útil de mais duas ou três décadas.
A Armada Nacional e a Força Aérea estão em situação “à beira da indefesa”, alertou o Ministro, ressaltando que a força naval tem apenas 30% da frota operacional, enquanto a força aérea atinge parcos 36%.
A Fuerza Aérea Uruguaya (FAU) possui dois C-130B operacionais, FAU 591 (ex-USAF AF 61-0971) e FAU 592 (ex-USAF AF 60-0295), ambos fabricados no início dos anos 1960, que servem no EA3T (Escuadrón Aéreo N°3 Transporte).
O Ejército del Aire está em processo de substituição dos C-130 Hércules, adquiridos a partir de 1973, por aeronaves Airbus A400M Atlas. Atualmente a frota espanhola possui 10 Hércules, sendo quatro C-130H (T.10-03/31-03, T.10-08/31-05, T.10-09/31-06 e T.10-10/31-07), cinco KC-130H (TK.10-05/31-50, TK.10-06/31-51, TK.10-07/31-52, TK.10-11/31-53 e TK.10-12/31-54) e um C-130H-30 (TL.10-01/31-01). Todos Hércules espanhóis são modernizados e estão sediados na Ala 31 de Zaragoza.
Além destes dados operacionais, o Governo realizou uma pesquisa sobre a situação social dos militares uruguaios, onde resultou que 32% tem necessidades básicas não satisfeitas, 18% não tem aquecimento em suas residências e 10% moram em assentamentos. O orçamento da Defesa representa 1,04 do PIB, do qual 83% é destinado ao pagamento de salários, 13% para as operações e 4% para investimentos: “Não se pode esconder as deficiências que temos”, finalizou o ministro.