Um sucessor do F-35? Um sucessor do F-35 Joint Strike Fighter pode ser uma alternativa menos dispendiosa se comparada que a caríssima plataforma Next Generation Air Dominance (NGAD).
A USAF sob o comando da Administração Donald Trump poderia escolher um sucessor mais avançado para o F-35 em vez de investir na custosa plataforma Next Generation Air Dominance (NGAD), para manter a superioridade aérea. A informação veio do secretário da USAF da gestão John Biden, Frank Kendall, na segunda-feira 14/01.
Kendall sugeriu caminhos alternativos para a futura frota de combate da USAF em um evento do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais realizado em Washington, no qual ele delineou um relatório sobre onde o departamento precisa, nos próximos 25 anos.
De autoria de Kendall, o relatório, intitulado “O Departamento da Força Aérea em 2050”, equivale a uma espécie de despedida nos últimos dias de sua liderança no departamento — e um aviso sobre as ameaças que ele pode enfrentar nas próximas décadas.
“As missões [da USAF e Espacial] não mudam fundamentalmente [até lá], mas ambos os serviços precisam passar por uma transformação” até 2050, disse Kendall.
A Força Aérea precisará adquirir e manter o míssil balístico intercontinental Sentinel e o bombardeiro stealth B-21 Raider como o núcleo de sua porção da tríade nuclear da nação, disse Kendall. Ela também deve acelerar sua mudança para capacidades de standoff que podem ser lançadas fora do território inimigo, bem como capacidades de stand-in maduras, como NGAD, drone wingmen conhecidos como Collaborative Combat Aircraft (CAA) e uma aeronave de reabastecimento em voo de próxima geração.
A China provavelmente continuará sendo o “desafio militar” para os EUA e seus aliados, disse Kendall. Ele previu que a China continuará a se desenvolver militarmente e conseguirá desafiar os EUA e seus aliados não apenas na região do Indo-Pacífico, mas em todo o mundo. A Rússia também permanecerá hostil e uma “séria ameaça”, disse ele, mas suas fraquezas econômicas podem atrapalhar suas ambições militares.
Opções no NGAD — Uma das preocupações mais urgentes da USAF é o NGAD, uma plataforma avançada de sexta geração voando ao lado dos CCAs para substituir o F-22 Raptor, que foi projetado há três décadas para se especializar em superioridade aérea. O serviço planejou originalmente conceder um contrato NGAD em 2024.
No entanto, Kendall disse que o serviço precisaria de mais de US$ 20 bilhões para pesquisa e desenvolvimento para NGAD. O custo potencial da plataforma acabou sendo proibitivo, cerca de três vezes o do F-35, o que só teria permitido à USAF comprar uma pequena frota de caças NGAD se ele estivesse pronto para ser contratado em 2024. Kendall colocou o NGAD em espera, ao sentir que era melhor deixar que a próxima administração tomasse a decisão final sobre como proceder.
A USAF sentiu haver um bom “valor agregado” em prosseguir com o NGAD, disse Kendall — mas sem um aumento no orçamento, o serviço precisava pagar por outras prioridades primeiro.
Há alternativas ao NGAD, disse Kendall, como outra aeronave que seria uma sucessora do F-35. Esse sucessor poderia, como o F-35, ser uma aeronave multifunção que seria projetada para controlar CCAs, disse ele — e poderia ser “muito menos dispendioso” do que o NGAD.
Outra alternativa poderia ser aumentar ainda mais a capacidade ofensiva de longo alcance da Força Aérea, disse Kendall. Essas capacidades poderiam incluir mísseis de cruzeiro de longo alcance. “Isso é algo que poderíamos fazer em qualquer evento”, disse Kendall. “É relativamente barato, e provavelmente faz algum sentido fazer mais dessa forma.”
Kendall expressou hesitação em relação às sugestões de alguns — incluindo o conselheiro de Trump, Elon Musk — de que a USAF deveria abandonar os esforços para construir outro caça tripulado pós-F-35 e, em vez disso, se concentrar em drones.
@cas