Um PBY-5 Catalina ex-FAB está em exposição em um museu na Rússia. Um museu de transporte no interior da Rússia, recentemente inaugurou uma exposição permanente, onde das principais atrações é um Consolidated PBY-5A Catalina, que operou na Força Aérea Brasileira (FAB).
De acordo com Scramble Magazine, o PBY-5A em questão seria o número de construção (c/n) 1821, que foi originalmente construído para a Marinha Americana, onde operou como BuNo 46457, até ser vendido para a Força Aérea Brasileira, onde operou como o CA-10 (designação militar brasileira), matrícula FAB 6510.
Após deixar o serviço operacional na FAB, no final de 1982 ele foi vendido para David C. Tallichet, um investidor americano e restaurador de aeronaves, que levou o Catalina para os Estados Unidos. Foi visto em Fort Lauderdale, Flórida, em março de 1984, com o registro civil N4582U, e operado em nome do Projeto Catalina Inc/MARC, de Chino, Califórnia.
Após restauração, ele foi repassado para o Rescue Memorial Museum, na Base Aérea da USAF de Kirtland, no Novo México, onde foi exibido nas cores de uma versão OA-10A (SAR), e matrícula AF 44-34077.
Seguindo a cronologia, Scramble Magazine relatou que em algum momento de 2019, o Catalina foi negociado com o museu russo. Antes de ser enviado para a Rússia, o PBY-5 foi restaurado pelo American Aero Service, de New Smyrna Beach, Flórida, onde recebeu uma pintura azul e branca, com insígnias soviéticas como a Estrela Vermelha, e matrícula fictícia “433882”.
No início deste ano, a aeronave foi transportada para a cidade de Verkhnyaya Pyshma, região de Sverdlovsk, sudoeste da Rússia, onde está situado o Музей военной техники УГМК, ou Museu de Equipamentos Militares e Automotivos UMMC.
Em 08 de maio, o Museu inaugurou a Exposição “Asas da Vitória”, onde uma das principais atrações é o PBY-5 Catalina, que serve como uma homenagem às tripulações russas que voaram estas aeronaves durante a Segunda Guerra Mundial. Conforme o site do museu, a o PBY-5 é a maior aeronave da coleção, destacando as suas dimensões (31 metros de envergadura e 19 metros de comprimento), ficando ao lado de importantes aeronaves soviéticas como o Ilyushin IL-2 “tanque voador”, símbolo da Força Aérea do pré-guerra, do caça-bombardeiro de mergulho Polikarpov I-16, e do bombardeiro Tupolev Tu-2.
Cerca de 150 aerobotes PBY-5, PBY-24 e PBN-1 Nomad, foram fornecidos pelos EUA sob condições de Lend-Lease. Durante o conflito mundial, os soviéticos produziram um número desconhecido de uma versão licenciada do Catalina, designada localmente como “GST” (Gydro Samolyot Transportnyj).
Entre 1943 e 1982 a FAB operou 33 Catalinas, nas versões PBY-5 (07), PBY-5A (23) e três PBY-6A. Ao longo desses quase 40 anos de serviço, este hidroavião de fabricação norte-americana foi fundamental para a integração nacional. O último voo oficial foi realizado pelo CA-10 FAB 6525 em 12 de junho de 1983, durante as comemorações do aniversário do Correio Aérea Nacional (CAN), no Campo dos Afonsos (RJ).
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