Os destroços de um avião SNCASE (Sud-Est) Aquilon 203 da Marinha Franesa (Marine Nationale) foram encontrados a 2.400 metros de profundidade por equipes científicas do IFREMer (L’Institut Français de Recherche pour l’Exploitation de la Mer) e da Marinha francesa.
A aeronave matrícula Nº 83, na época pertencente a Flottille 11F, caiu no mar em 13 de junho de 1960, logo após ser catapultado do porta-aviões britânico HMS Ark Royal, que estava em missão ao largo da costa francesa. O jato havia decolado do convoo para retornar à base terrestre em Hyères, e afundou imediatamente nas águas do Mediterrâneo, levando junto o seu piloto, Mestre Jean Legouhy, de 27 anos.
O Aquilon é aversão fabricada sob licença pela Société Nationale des Constructions Aéronautiques – Sud-Est (SNCAE) do de Havilland Sea Venon, baseado na versão inicial de produção FAW20 do caça britânico. Entre 1952 e 1964, a Marine Nationale operou o 101 unidades do Aquilon, sendo quatro protótipos e 97 aeronaves operacionais em cinco versões:
Modelo | Quantidade | Em serviço | Desativado | Observação |
SNCASE SE.20 Aquilon 20 | 28 | 1952 | 1961 | Monoplace |
SNCASE SE.201 Aquilon 201 | 2 | 1954 | 1964 | Protótipo |
SNCASE SE.202 Aquilon 202 | 25 | 1954 | 1964 | Biplace |
SNCASE SE.203 Aquilon 203 | 40 | 1956 | 1964 | Monoplace |
SNCASE SE.204 Aquilon 204 | 6 | 1956 | 1964 | Biplace |
O Aquilon 203 era a versão operacional monoplace, equipada com radar americano AN/APQ-94 e com racks para mísseis ar-ar. Teve 40 aeronaves construídas e era destinado a defesa da frota. A versão Aquilon 202 era biposto com assentos ejetáveis, radar AN/APQ-65. O Aquilon 20 era uma versão inicial de produção – similar ao 203. Já o 204 era uma versão desarmada, para treinamento e conversão operacional de pilotos. A França empregou seus Aquilons durante a guerra da Argélia (1954-1962). Ele substituiu na Marinha Francesa os Grumman F6F Hellcat.
A Frota Oceanográfica Francesa, operada pela IFREMer em conjunto com a Marine Nationale, realizava trabalhos científicos subaquáticos no dia 20 de novembro, ao sul de Porquerolles, quando encontraram os destroços de um avião Aquilon, descansando em mais de 2.400 metros de profundidade.
O navio de exploração oceanográfico “Pourquoi Pas?” (Por que não?), encontrou os destroços a pouco mais de 2.450 metros (8.000 pés) de profundidade, perto das ilhas de Hyères, na Riviera Francesa. A embarcação estava realizando pesquisas científicas na área quando o seu robô subaquático não tripulado – Victor 6000, encontrou a aeronave. O jato foi facilmente identificado graças à inscrição quase intacta na cauda. Devido à profundidade em que se encontra, o avião provavelmente permanecerá lá.
@CAS