Após uma forte pressão exercida pela Associação dos Exportadores de Armas do Reino Unido, o governo da Grã-Bretanha suspendeu no dia 7 de julho de 2020 a proibição de um ano de exportação de equipamentos militares para a Arábia Saudita. As vendas de armas para a Arábia Saudita foram proibidas em junho de 2019, depois que um Tribunal de Apelação do Reino Unido, decidiu que o governo pode ter violado o direito humanitário internacional, ao aprovar as vendas de armas para os sauditas que poderiam ter sido usadas na guerra civil no Iêmen.
A Grã-Bretanha é um dos maiores exportadores de equipamentos de defesa do mundo, em grande parte graças à compra da Arábia Saudita por mais de 30 anos de aeronaves de combate como o Tornado, o Typhoon e treinador Hawk. As bombas guiadas com precisão Raytheon Paveway IV, parcialmente construídas no Reino Unido, também estão na lista de recentes vendas significativas para a Arábia Saudita. O país lidera uma coalizão de nações do Oriente Médio em uma prolongada e sangrenta guerra contra rebeldes houthis, apoiados pelo Irã, que tentam tomar o poder no Iêmen.
A secretária de Comércio Internacional Britânico Liz Truss disse que as exportações serão retomadas depois do governo concluir a revisão judicial das licenças de exportação de defesa para o maior comprador de equipamentos militares do Oriente Médio. A proibição apenas interrompeu novas aprovações para a venda de armas. O trabalho em acordos existentes, como os da BAE System para apoiar os jatos Typhoon e Tornado, continuou inalterado.
“Os incidentes, que foram avaliados como possíveis violações do direito internacional humanitário, ocorreram em momentos diferentes, em circunstâncias diferentes e por razões diferentes. Ao tomar essa decisão, levei em conta toda a gama de informações disponíveis ao governo. Concluí que, apesar dos incidentes isolados terem sido considerados como violações de direitos humanitário, a Arábia Saudita tem uma intenção genuína e capacidade de cumprir as regras previstas no direito internacional humanitário. Com base nisso, avaliei que não há um risco claro que a exportação de armas e equipamentos militares para a Arábia Saudita possa ser usada no cometimento de uma violação grave do direito internacional humanitário”, disse a secretária de Comércio Internacional Liz Truss.