UK busca a capacidade ofensiva hipersônica. O Reino Unido está procurando criar uma estrutura para desenvolver sua capacidade ofensiva hipersônica, em um acordo que potencialmente que pode valer cerca de £1 bilhão (US$ 1,29 bilhão) ao longo de sete anos.
Embora os detalhes ainda sejam escassos, um questionário de pré-qualificação (Pre-Qualification Questionnaire — PQQ) emitido pelo Defence Equipment & Support (DE&S), um braço do Ministério da Defesa do Reino Unido, revelou que a estrutura forneceria orientação até o nível de prontidão tecnológica 9 (TRL 9 – Technology Readiness Level 9) e entregaria “futuros elementos operacionais” do sistema de mísseis hipersônicos.
A estrutura seria uma “abordagem empresarial colaborativa” que serviria para “acelerar a aquisição” do UK MoD de uma capacidade avançada de ataque hipersônico. Tanto a China quanto a Rússia testaram com sucesso armas hipersônicas, com a Rússia colocando em campo o sistema Kh-47M2 Kinzhal contra alvos na Ucrânia. O desenvolvimento de hipersônicos na China está igualmente avançado, se não mais, com o mais recente sistema DF-27 considerado capaz de penetrar nas redes de defesa aérea dos EUA. Em 2021, de acordo com relatórios, altos funcionários dos EUA afirmaram que um teste hipersônico conduzido por Pequim viu um míssil viajar “ao redor do mundo”, demonstrando uma capacidade de alcance anteriormente desconhecida.
Os mísseis hipersônicos são capazes de viajar mais rápido do que os mísseis balísticos convencionais e geralmente atingem um mínimo de Mach 5 (aproximadamente 3.400 mp/h). Na extremidade superior, esses sistemas são projetados para atingir velocidades de Mach 25 – aproximadamente 17.500 mp/h, de acordo com um documento do Atlantic Council.
AUKUS apontando o caminho para hipersônicos no Reino Unido? Uma ‘nota’ parlamentar do Reino Unido de junho de 2023, apresentados aos parlamentares, detalhou as capacidades de mísseis hipersônicos sendo desenvolvidas e implantadas por vários países, incluindo China, Rússia e EUA. Conforme destacado anteriormente, todos esses estados estão mais avançados na curva de desenvolvimento hipersônico do que o Reino Unido, que apenas recentemente começou a explorar provisoriamente o setor.
A nota afirma que, embora o Reino Unido não tenha capacidade de mísseis hipersônicos, o MoD havia anunciado anteriormente um programa para desenvolver conceitos e tecnologias futuras. Aplicações potenciais podem incluir ativos de alto valor, sensíveis ao tempo ou móveis; ataques de precisão de longo alcance; e aumentar a dissuasão nuclear.
Em abril de 2022, o Reino Unido, os Estados Unidos e a Austrália anunciaram que cooperariam no desenvolvimento de capacidades hipersônicas e contra-hipersônicas por meio da parceria de segurança AUKUS (Australian-United Kingdom-United States), um passo na direção certa para os objetivos de Londres na área.
@CAS